Impactos de asteroides na Lua são registrados pelo curador japonês

Colisões ocorrem em intervalo de 48 horas, destacando riscos para futuras missões

Curador japonês registra dois asteroides colidindo com a Lua em 48 horas, destacando a constante exposição lunar a impactos.

Impactos de asteroides colidindo com a Lua

Recentemente, Daichi Fujii, curador do Museu da Cidade de Hiratsuka, no Japão, registrou dois impactos de asteroides na superfície lunar em um intervalo de apenas 48 horas. Os eventos ocorreram em 30 de outubro e 1º de novembro de 2025, com clarões visíveis da Terra captados por telescópios automatizados. Essas colisões destacam a exposição constante da Lua a rochas espaciais e auxiliam no monitoramento de riscos para futuras missões espaciais.

Os asteroides atingiram o satélite natural sem desaceleração atmosférica, alcançando velocidades de até 96 mil km/h. Mesmo fragmentos de poucos metros geram explosões equivalentes a toneladas de dinamite. O primeiro clarão foi detectado a leste da cratera Gassendi, enquanto o segundo foi registrado a oeste do Oceanus Procellarum.

Fujii mantém vigilância contínua desde 2011 e já documentou cerca de 60 impactos. Os telescópios em Hiratsuka e Fuji operam com software que identifica explosões automaticamente. O primeiro impacto ocorreu às 20h33 no horário local de 30 de outubro, e dois dias depois, às 20h49 de 1º de novembro, o segundo clarão surgiu em outra região.

Vários equipamentos no Japão confirmaram os eventos de ângulos diferentes, e especialistas descartaram ilusões ópticas ou raios cósmicos. Juan Luis Cano, da Agência Espacial Europeia, classificou os flashes como autênticos, observando que apresentaram tamanho acima da média, indicando energia superior ao usual em colisões lunares.

Infelizmente, telescópios europeus não conseguiram detectar os eventos devido ao brilho excessivo da Lua na região. A NASA manteve silêncio por conta de uma paralisação governamental, mas programas de defesa planetária permanecem ativos. Astrônomos associam os asteroides à chuva de meteoros Taurídeos, que deriva do cometa Encke e atinge pico em novembro. Esses Taurídeos produzem fragmentos maiores e mais velozes que o habitual, e alguns corpos celestes escapam da atmosfera terrestre, atingindo diretamente a Lua.

O curador utiliza equipamentos de 20 centímetros de abertura para observações regulares, registrando um impacto a cada dezenas de horas de monitoramento. Dois eventos consecutivos representam uma raridade em sua série de dados. Fujii compartilha os registros para incentivar o interesse público pela astronomia. Os impactos fornecem dados valiosos sobre a frequência de colisões com objetos menores, refinando as estimativas de asteroides maiores próximos à Terra.

Agências e empresas já planejam bases permanentes no satélite, e informações sobre a energia dos flashes orientam projetos de estruturas seguras. Rochas viajam a 30 vezes a velocidade de caças militares, e as explosões criam crateras e tempestades de fogo visíveis a centenas de milhares de quilômetros. Sem proteção atmosférica, as colisões liberam uma energia intensa em frações de segundo.

Fonte: www.mixvale.com.br

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