Entenda como a paralisação afeta o comércio entre os países
O shutdown nos EUA gera impasses nas negociações tarifárias com o Brasil, impactando exportações e a relação comercial entre os países.
Em 09 de novembro de 2025, o governo americano vive seu mais longo shutdown desde 2019, o que levanta preocupações sobre o comércio com o Brasil. O bloqueio orçamentário, que resulta na paralisação de diversas atividades do governo, afeta diretamente as negociações sobre o “tarifaço”, um aumento de 50% nos impostos de importação sobre produtos brasileiros.
Efeitos diretos nas negociações comerciais
O shutdown impossibilita a comunicação fluida entre as autoridades americanas e brasileiras, dificultando a análise de tarifas e a realização de reuniões. Organizações, como o Departamento de Comércio, estão com atividades reduzidas, o que retarda decisões cruciais. A falta de interlocução gera um ambiente de incerteza política e econômica, refletindo na queda das exportações brasileiras para os EUA, que recuaram 37,9% em outubro comparado ao ano anterior.
Ambientes de protecionismo e alternativas
Analistas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MIDC) indicam que o ambiente protecionista dos EUA está diretamente ligado ao shutdown. Sem uma equipe completa, decisões sobre revisões tarifárias estão suspensas, e os canais técnicos e diplomáticos se tornaram mais lentos. Em resposta, o Brasil considera diversificar seus mercados e fortalecer acordos com a União Europeia e na Ásia, além de buscar previsibilidade nas regras comerciais assim que a situação nos EUA se regularizar.
Conclusão e próximos passos
O impasse em Washington pode levar a um endurecimento da postura americana nas negociações comerciais. O governo brasileiro, liderado por Lula, já busca alternativas e reforçou a importância de uma comunicação direta com o governo dos EUA, como evidenciado pelos encontros entre Lula e Trump em cúpulas internacionais. As negociações futuras dependerão da normalização das operações governamentais nos EUA.