Maior índice histórico desde 2010, segundo a CNC
Em setembro, a inadimplência no Brasil alcançou 30,5%, o maior número desde 2010, conforme a CNC.
Em setembro, a inadimplência no Brasil alcançou 30,5%, o maior número desde 2010, conforme dados da Confederação Nacional do Comércio (CNC). Esse aumento ocorre em um contexto onde 13% das famílias brasileiras afirmam não ter condições de pagar suas dívidas, o que evidencia uma crescente fragilidade financeira.
Números e indicadores do caso
A proporção de famílias com contas a vencer subiu para 79,2% em setembro de 2025. Além disso, 18,8% dos consumidores estão comprometendo mais da metade de seus rendimentos com dívidas. O tempo de inadimplência é alarmante, com 48,7% das famílias nessa situação há mais de 90 dias, refletindo o agravamento dos prazos devido aos altos juros.
Análise por faixa de renda
A pesquisa da CNC também indica que o endividamento cresceu mais entre as famílias de baixa renda, com 82% delas endividadas, enquanto no grupo que recebe acima de dez salários mínimos, essa taxa subiu para 69,5%. Esse cenário sugere que, mesmo com o aumento das vendas no comércio, a inadimplência tende a desacelerar essa dinâmica positiva.
Projeções futuras
A CNC projeta um aumento adicional no endividamento de 3,3 pontos percentuais até o final deste ano, enquanto a inadimplência pode subir 1,7 ponto percentual em relação ao fechamento de 2024. Essas informações destacam a necessidade de atenção às finanças pessoais entre os brasileiros.