Incêndio Fatal em Clínica: Carregador de Celular Sob Suspeita e Cárcere Privado em Investigação

Um trágico incêndio em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos no Distrito Federal resultou na morte de cinco pessoas e deixou 11 feridos na madrugada de domingo. O incidente, ocorrido no Instituto Terapêutico Liberte-se, no Núcleo Rural Desembargador Colombo Cerqueira, Paranoá, levanta suspeitas sobre a causa das chamas e as condições de funcionamento do local.

A principal linha de investigação aponta para um possível curto-circuito em um carregador de celular como o ponto de ignição do fogo. A informação foi divulgada, mas depende de confirmação pericial.

Além da causa do incêndio, a polícia investiga a possibilidade de os responsáveis pela clínica responderem por cárcere privado. No momento da tragédia, o imóvel estava trancado com cadeado e possuía grades nas janelas, dificultando a fuga dos internos. O proprietário alegou que a medida era para proteger os pacientes e evitar furtos.

As vítimas fatais, todos homens, foram identificados como Darly Fernandes de Carvalho, de 26 anos, José Augusto Rosa Neres, de 39 anos, Lindemberg Nunes Pinho, de 44 anos, Daniel Antunes Miranda, de 28 anos e João Pedro Costa dos Santos Morais, de 26 anos. Os sobreviventes, com idades entre 21 e 55 anos, foram encaminhados para hospitais da região.

O proprietário da clínica, Douglas Costa Ramos, de 33 anos, admitiu em depoimento que o estabelecimento não possuía alvará de funcionamento e não havia passado pela vistoria do Corpo de Bombeiros. A Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística constatou que a chácara onde o incêndio ocorreu não estava incluída na licença concedida à empresa. O alvará apresentado se referia a outro lote, distante cerca de 500 metros do local do sinistro. A Vigilância Sanitária interditou o espaço. A polícia apura se houve participação de terceiros no incêndio e se a conduta do dono pode configurar dolo eventual ou culpa pelas mortes.

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