Legisladores rejeitam plano que visava alterar distritos eleitorais em favor dos republicanos
O Senado de Indiana rejeitou plano de redistricting proposto por Trump, marcando a primeira derrota dentro do seu próprio partido.
Na última quinta-feira, o Senado de Indiana rejeitou um plano de redistricting proposto por Donald Trump, com uma votação que terminou em 19 a 31. Essa decisão representa um marco significativo, uma vez que é a primeira vez que a campanha de redistricting do ex-presidente enfrenta oposição dentro de seu próprio partido majoritariamente republicano.
Votos em meio a protestos
Durante a sessão, houve protestos externos, onde manifestantes clamavam por um “vote não” e pediam a preservação da justiça eleitoral. O senador Greg Goode, um dos opositores ao redistricting, destacou o descontentamento de seus eleitores, sugerindo que as questões de emprego e custo de vida deveriam estar em primeiro plano.
“Meu voto nesta legislação refletirá isso: o bom senso”, declarou Goode. Essa opinião ecoou entre outros legisladores que se opuseram ao que chamaram de “gerrymandering em meio ao ciclo”, um processo que poderia deslegitimar a confiança do público no sistema eleitoral.
Oposição bipartidária
Além dos republicanos, os democratas de Indiana também se uniram para criticar o plano, apontando que a mudança nas linhas de distrito diluiria o poder de voto das comunidades minoritárias. O deputado J.D. Ford (D-Carmel) enfatizou a importância da justiça e equilíbrio na representação eleitoral: “Podemos nos elevar acima do ruído político e dizer não a este mapa”.
A resistência à redistricting não se limitou a discursos; a pressão social exercida pelos cidadãos locais foi um fator crucial na decisão do Senado. Os opositores ao plano argumentaram que a legalidade de tal ação não justifica a sua moralidade, reiterando que a vontade do povo deve ser o guia principal nas decisões legislativas.
Reação após a votação
Após a derrota da proposta no Senado, o governador Mike Braun expressou seu descontentamento pela votação e lançou ameaças de apoiar candidatos primários contra os senadores que se opuseram ao redistricting. Em uma rede social, ele criticou a falta de compromisso do líder do Senado republicano, Rodric Bray, com a causa.
Trump, por sua vez, não poupou críticas, responsabilizando os republicanos que desertaram da proposta e prometendo garantir que não haveria dor à sua base novamente.
O que vem a seguir?
Com a votação, não há possibilidade de reavaliação da proposta neste ciclo legislativo. Legisladores que apoiaram o redistricting alegaram que era uma questão de preservar a maioria republicana em Washington. O senador Mike Young (R-Indianapolis) afirmou que o controle do Congresso depende de uma estratégia bem elaborada de redistritamento, argumentando que “somente alguns distritos nos Estados Unidos determinarão o controle do Congresso”.
As tensões políticas em Indiana refletem um cenário mais amplo de luta entre valores conservadores e mudanças na estrutura do poder, onde os membros de ambos os partidos se esforçam para atender aos desejos de seus constituintes enquanto navegam pelas complexidades do eleitorado moderno.
Fonte: www.wfyi.org
Fonte: Zach Bundy / WFYI
