Análise dos dados econômicos contradiz as declarações do presidente sobre a redução de preços.
Trump afirma que a inflação está sob controle, mas dados mostram uma realidade diferente.
Análise da inflação nos EUA frente às declarações de Trump
Na noite de terça-feira, 11 de dezembro de 2025, o presidente Donald Trump fez declarações otimistas sobre a economia durante um discurso em Mount Pocono, Pennsylvania, assegurando ao público que sua administração está “destruindo” a inflação e que os preços estão “caindo tremendamente”. No entanto, dados econômicos disponíveis refletem uma situação bem diferente que contradiz as afirmações do presidente.
Inflation numbers for September showed an annual increase of 3%. Esse aumento se seguiu a uma queda para 2,3% em abril, mas a taxa voltou a subir, atingindo o mesmo patamar do início do ano, quando Trump assumiu o cargo. Especialistas atribuem essa alta em parte às tarifas impostas pela administração Trump sobre as importações. Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, destacou que essas tarifas têm sido um fator crucial por trás do recente aumento da inflação.
O impacto das tarifas e a expectativa econômica
Powell afirmou que a inflação atual é mais alta do que no início do ano à medida que os preços dos produtos começam a subir novamente, refletindo o impacto das tarifas. As expectativas entre economistas variam, com alguns acreditando que a alta dos preços deve persistir antes de uma eventual estabilização em 2026, enquanto outros, como Mark Vickery da Zacks Investment Research, estimam que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu a uma taxa anual de aproximadamente 3,3% em novembro.
Muitos economistas e analistas financeiros preveem que qualquer aumento adicional na inflação será de curto prazo, com Powell afirmando que o efeito das tarifas deverá ser uma alta temporária nos preços. A previsão é que a inflação diminua para cerca de 2,4% no próximo ano, descendo de aproximadamente 2,9% em 2025.
A percepção dos consumidores em relação à inflação
Apesar de uma taxa de inflação mais baixa em comparação com os picos de 9% em junho de 2022, após a pandemia, a realidade para os consumidores é que os preços continuam a subir. Dados do CPI indicam que os americanos estão gastando mais em itens básicos do dia a dia do que no ano passado, refletindo um aumento significativo em relação aos períodos anteriores à pandemia.
Trump enfatizou que sua prioridade é “tornar a América acessível”, enquanto suas declarações sugerem um contraste com a realidade financeira de muitos americanos. Por exemplo, os preços dos alimentos no supermercado aumentaram 2,7% em setembro em comparação ao ano anterior, e o custo dos cortes de carne como o bife aumentou quase 17%.
Moradia e outros custos básicos
Embora as taxas de hipoteca tenham caído, as casas permanecem fora do alcance de muitos compradores. Um estudo recente revelou que mais de 75% das casas nos EUA são inatingíveis para a renda média, que agora precisa ser de $131.400 para adquirir uma casa típica — quase o dobro em comparação a cinco anos atrás.
Além disso, o aumento nos preços da habitação é um problema reconhecido por praticamente três quartos dos americanos, que afirmam que a moradia se tornou mais cara em suas comunidades nos últimos anos. Essa questão é complexa e interligada a outros aumentos de preços, como os custos de eletricidade, que subiram mais de 10% nos primeiros oito meses de 2025.
Conclusão
Embora o presidente Trump declare que “estamos envolvidos em mais energia do que nunca”, a situação atual espelha uma economia em transição, onde a percepção dos consumidores e os dados econômicos não alinham-se perfeitamente. Como as eleições de meio de mandato se aproximam, as declarações do presidente sobre a inflação e a acessibilidade ao custo de vida estarão sob o olhar atento do eleitorado, que continua a lidar com as realidades financeiras do dia a dia.
Fonte: www.cbsnews.com
Fonte: CBS News



