Inovação no Rio: piolho-de-cobra na compostagem da Embrapa

Gongocomposteira transforma resíduos orgânicos em adubo na horta do Tuiuti

A instalação de uma composteira inovadora no Rio utiliza piolhos-de-cobra para transformar resíduos em adubo.

Neste mês, a Embrapa Agrobiologia instalou uma gongocomposteira em uma horta comunitária no morro do Tuiuti, em Benfica, Rio de Janeiro, utilizando piolhos-de-cobra para transformar resíduos em adubo. Esta iniciativa ocorreu em parceria com o programa Hortas Cariocas, visando fortalecer a agricultura urbana e aumentar a segurança alimentar na região.

O que é a gongocomposteira?

A gongocomposteira é uma forma inovadora de compostagem que utiliza gongolos, conhecidos como piolhos-de-cobra. Esses organismos têm uma excepcional capacidade trituradora e se alimentam de materiais fibrosos, como bagaço de cana-de-açúcar e papelão. Para um composto equilibrado, recomenda-se que 30% a 40% dos resíduos sejam leguminosas, o que melhora a qualidade do adubo final.

Desafios da agricultura urbana

O projeto Proposições sociotécnicas para o fortalecimento da agricultura urbana, iniciado este ano, busca entender e solucionar os desafios da agricultura na cidade do Rio de Janeiro, que incluem solo degradado e baixa experiência entre os agricultores. A Embrapa está em fase de levantamento de informações sobre outras hortas para planejar ações futuras, avaliando a fertilidade do solo e as pragas presentes nas plantações.

Capacitação e parcerias

A pesquisadora Elizabeth Correia, líder do projeto, já conduziu três capacitações abordando tecnologias de cultivo e compostagem. A parceria com o programa Hortas Cariocas é essencial para identificar demandas e registrar as atividades comunitárias, promovendo um trabalho conjunto que valoriza e fortalece os laços entre os agricultores.

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