Governador Cláudio Castro informa ao STF sobre investigações
Relatório do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, revela investigação sobre fraudes na remoção de corpos após megaoperação policial.
Em um relatório enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, revelou, nesta segunda-feira (3), que foi instaurado um inquérito para investigar suspeitas de fraude na remoção de corpos de mortos na megaoperação policial realizada no último dia 28 de outubro, que deixou 121 mortos nos Complexos da Penha e do Alemão.
Castro informou que a remoção e a descaracterização de corpos antes da atuação pericial dificultaram a preservação do local. O inquérito foi instaurado na 22ª Delegacia de Polícia da Penha para apurar eventual crime de fraude processual. O governador destacou que as dificuldades na preservação da cena ocorreram devido ao intenso confronto entre policiais e criminosos, comprometendo a integridade da cena e a atuação da perícia.
Detalhes da operação e seus desdobramentos
Durante a operação, os criminosos estavam armados com fuzis automáticos de uso militar e granadas, e o armamento apreendido tem um valor superior a R$ 12 milhões. Além das 121 mortes, 99 pessoas foram detidas e foram apreendidas duas toneladas de maconha. O governo do estado alega que a operação seguiu as diretrizes constitucionais e as determinações da ADPF das Favelas, incluindo o uso de câmeras corporais e acompanhamento do Ministério Público.
Implicações e próximos passos
O governador Cláudio Castro foi ouvido por Moraes no Centro Integrado de Comando e Controle, onde apresentou dados sobre o planejamento e a execução da megaoperação. O encontro durou cerca de 2h30min, durante o qual Castro destacou as dificuldades enfrentadas pela polícia na preservação da cena e a atuação da Delegacia de Homicídios da Capital.
Esse inquérito representa um passo importante no combate à impunidade e à necessidade de transparência nas operações policiais, especialmente em áreas com altos índices de violência. O desdobramento das investigações será acompanhado de perto pelas autoridades e pela sociedade civil.