Menor número já registrado desde 2004, segundo o IBGE
Em 2024, 6,4 milhões de brasileiros enfrentam insegurança alimentar, menor número desde 2004, de acordo com o IBGE.
Em 2024, a realidade da insegurança alimentar grave afeta 6,4 milhões de brasileiros, o menor número já registrado desde o início da série histórica do IBGE em 2004. O percentual de lares nessas condições caiu para 3,2%, refletindo uma queda significativa em comparação aos 8,6 milhões de pessoas afetadas em 2023.
Dados da pesquisa
Os dados divulgados na última sexta-feira revelam que o total de lares em situação de insegurança alimentar, que inclui condições leves a graves, representa 24,2% em 2024, uma redução em relação a 27,6% no ano anterior. Essa diminuição é atribuída a uma combinação de fatores, incluindo a melhoria nas taxas de emprego e programas sociais de apoio alimentar.
Relação entre renda e insegurança alimentar
A pesquisa também destaca que a insegurança alimentar está diretamente relacionada à renda familiar. Entre os lares em situação de insegurança alimentar grave, 71,9% têm responsáveis que ganham até um salário mínimo. Essa realidade é ainda mais acentuada entre as famílias chefiadas por mulheres e aquelas com responsáveis negros, que representam 70,4% dos lares afetados.
Impacto das políticas sociais
Os programas de transferência de renda e as iniciativas de merenda escolar têm desempenhado um papel crucial na redução da insegurança alimentar. Especialistas afirmam que a restauração do acesso a alimentos é essencial para combater a fome no país, uma das prioridades do governo federal. O aumento da renda e a diminuição do desemprego têm mostrado um impacto direto na segurança alimentar das famílias brasileiras.
A pesquisa do IBGE serve como um importante indicador das condições de vida no Brasil e revela a necessidade contínua de políticas públicas voltadas para a segurança alimentar e redução da pobreza.