INSS planeja ressarcir aposentados com bens de luxo apreendidos em fraudes

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) pretende utilizar bens de luxo apreendidos pela Polícia Federal em operações contra fraudes para ressarcir aposentados e pensionistas que sofreram descontos indevidos. A informação foi divulgada pelo presidente do INSS, Gilberto Waller, durante agenda no Recife nesta segunda-feira (15). A medida visa garantir que os recursos desviados retornem para as vítimas.

“Essa é a ideia, na verdade a gente já tem acionado a advocacia geral da União para que façam medidas cautelares para poder bloquear esses bens para virem a repor o erro”, afirmou Waller. Segundo ele, a Advocacia-Geral da União (AGU) já está tomando medidas para bloquear os bens e garantir a sua destinação para o ressarcimento. Até o momento, R$ 2,8 bilhões já foram bloqueados por ordem judicial, um passo importante para a concretização do plano.

A intenção do INSS é que 100% do valor a ser ressarcido provenha dos fraudadores. Na última sexta-feira (12), a Polícia Federal prendeu Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, e o empresário Maurício Camisotti, durante a “Operação Sem Desconto”. Ambos são acusados de operar o esquema de fraudes.

Durante mandados de busca e apreensão nas residências dos envolvidos, a PF apreendeu diversos bens de luxo, incluindo obras de arte, itens de colecionador e bebidas valiosas, algumas avaliadas em até R$ 200 mil a unidade. A estimativa é que o valor total das bebidas apreendidas possa chegar a R$ 10 milhões. Além disso, foram confiscados veículos de luxo, como um Range Rover e uma Ferrari F8, cujo valor pode ultrapassar R$ 4 milhões, além de uma réplica da McLaren MP4/8, utilizada por Ayrton Senna na Fórmula 1.

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