A canção de Renato Russo, "Há Tempos", traz à tona uma reflexão sobre a inteligência nos tempos de IA, onde habilidades socioemocionais como disciplina, criatividade e responsabilidade se tornam mais importantes do que o QI. Pesquisas em economia da educação indicam que, em um mundo dominado por máquinas, as competências comportamentais são essenciais para o sucesso profissional. A gestão eficiente da atenção e a capacidade de inovar tornam-se fundamentais em um ambiente onde a automação pode realizar cálculos em nanossegundos. Assim, a disciplina se revela não apenas como uma virtude, mas como uma forma de inteligência no século XXI.

Refletindo sobre inteligência em tempos de IA, Renato Russo estava certo: disciplina é inteligência.

Refletindo sobre a inteligência nos tempos de IA em 7 de outubro de 2023, temos que reconhecer que Renato Russo estava certo ao afirmar que “disciplina é liberdade”. Essa frase, retirada da canção “Há Tempos”, se torna mais relevante do que nunca em um mundo onde habilidades cognitivas estão sendo superadas por competências socioemocionais.

A evolução das habilidades

Historicamente, notas altas em português e matemática eram consideradas sinônimo de inteligência, sendo medidas por testes de QI. Contudo, a realidade atual mostra que, com a automação, essas habilidades perdem valor. Estudos em economia da educação demonstram que competências como disciplina, criatividade e responsabilidade são essenciais e podem ser desenvolvidas ao longo da vida. Enquanto o QI se cristaliza na infância, as habilidades socioemocionais evoluem e se adaptam com o tempo.

O impacto das competências socioemocionais

A economia comportamental nos ensina que a gestão da atenção humana é crucial. Uma mente disciplinada não apenas evita distrações, mas também encontra soluções inovadoras com menos esforço. Profissionais que dominam essas competências tendem a ter mais sucesso, pois conseguem gerenciar melhor sua “energia mental”. Em um mercado de trabalho que valoriza cada vez mais a criatividade e a persistência, a vantagem dos humanos sobre algoritmos se torna evidente.

O futuro da inteligência

Diante das mudanças trazidas pela inteligência artificial, fica claro que a disciplina não é apenas uma virtude; é uma forma de inteligência. No século XXI, ser inteligente vai além de resolver equações rapidamente. Trata-se de saber administrar nossos recursos mentais de forma eficaz, onde a disciplina se torna fundamental. Portanto, a mensagem de Renato Russo ressoa com mais força: é hora de reconhecer que disciplina é inteligência.