O acordo permitirá expansão significativa da infraestrutura de inteligência artificial no país
Microsoft anuncia investimento de $15,2 bilhões nos Emirados Árabes Unidos, marcando um avanço na diplomacia em inteligência artificial dos EUA.
Investimento significativo da Microsoft nos Emirados Árabes Unidos
Em 3 de novembro de 2025, a Microsoft anunciou um investimento de $15,2 bilhões nos Emirados Árabes Unidos durante o primeiro Abu Dhabi Global AI Summit. Este acordo inclui a primeira remessa das mais avançadas GPUs Nvidia para o país, consolidando a posição dos Emirados como um centro estratégico para a diplomacia em inteligência artificial dos EUA.
Expansão da infraestrutura de IA
O investimento permitirá à Microsoft expandir sua presença no Oriente Médio, uma região crucial na competição global por domínio em inteligência artificial. Desde 2023, a empresa já havia aportado mais de $7,3 bilhões, incluindo um investimento de $1,5 bilhão na G42, empresa soberana de IA dos Emirados. O novo acordo prevê um aporte de $7,9 bilhões de 2026 a 2029, com $5,5 bilhões direcionados a despesas de capital para a expansão da infraestrutura de IA e nuvem.
Implicações para a diplomacia em tecnologia
Este movimento é visto como uma resposta aos desafios impostos pelas restrições de exportação dos EUA, permitindo que a Microsoft seja a primeira a obter licença para enviar chips Nvidia para os Emirados. O investimento é acompanhado de um compromisso de treinar um milhão de residentes até 2027, estabelecendo Abu Dhabi como um centro regional para pesquisa e desenvolvimento de modelos de IA.
Desafios e críticas
Entretanto, críticos expressam preocupações sobre a possibilidade de que esse acordo possa minar a lógica das restrições de exportação dos EUA para a China, criando potenciais canais de acesso através de um aliado. A Microsoft afirma ter cumprido rigorosos requisitos de segurança cibernética e nacional, o que facilitou a obtenção das licenças necessárias.
Este investimento representa uma ampliação significativa da cooperação entre os EUA e os Emirados, consolidando ainda mais a influência americana na tecnologia de inteligência artificial na região.