Irregularidades no CNU: MPF investiga ações do MGI

m colorida de CNU concurso nacional unificado

Deputado federal pede apuração de falhas na convocação de candidatos.

O MPF foi acionado para investigar irregularidades na convocação de candidatos para os Cursos de Formação do CNU.

O cenário de convocação de candidatos para os Cursos de Formação do Concurso Nacional Unificado (CNU) se tornou alvo de investigação do Ministério Público Federal (MPF), após a protocolização de uma representação pelo gabinete do deputado federal Tarcísio Motta (PSol-RJ). A representação, protocolada em 26 de dezembro de 2025, solicita a apuração de possíveis irregularidades cometidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

O que está em jogo?

A questão central envolve mudanças no rito de convocação dos candidatos, que, segundo o documento, foram realizadas sem a devida justificativa formal. As alterações parecem ter desrespeitado os princípios da legalidade, isonomia, eficiência e transparência, fundamentais em processos administrativos. O MGI deixou de cumprir a prática de convocações sucessivas, prevista nos editais tanto da primeira como da segunda edição dos Cursos de Formação, o que levanta sérias dúvidas sobre a legalidade dessas ações.

A representação e seus fundamentos

Na representação, o gabinete de Motta argumenta que a falta de convocações sucessivas e o não cumprimento do rito estabelecido no edital violam direitos dos candidatos. O documento menciona especificamente o Edital nº 05/2024, que permite a convocação de novos candidatos com base na metodologia utilizada na primeira edição do concurso. Também é destacado que o Edital Específico nº 06/2025 não previu as convocações sucessivas, o que contraria a prática anterior e, segundo o deputado, compromete a isonomia e a transparência do processo.

Dados e impactos da mudança

O impacto dessas mudanças se reflete no preenchimento de vagas. Dados da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) indicam que no cargo de Analista Técnico de Políticas Sociais (ATPS), 64 vagas deixaram de ser preenchidas, representando mais de 20% das 293 vagas ofertadas. Situações similares foram observadas em outros cargos, como Analista de Comércio Exterior e Analista de Infraestrutura.

Além disso, a representação aponta que o MGI se recusou a aceitar Termos de Desistência de alguns candidatos, uma situação que, conforme mencionado em uma live institucional, poderia ter contribuído para que as vagas não fossem preenchidas adequadamente. Essa recusa, junto à falta de convocações, sugere um descompasso entre o que foi prometido e o que está sendo executado.

A resposta do MGI

A reportagem do Metrópoles tentou obter uma resposta do MGI sobre as alegações, mas até o momento, não houve retorno. O espaço continua aberto para que o MGI se manifeste sobre as questões levantadas na representação.

Essa situação não apenas levanta questões sobre a gestão do concurso, mas também sobre a confiança do público nas instituições responsáveis pela administração pública. O desenrolar dessa investigação pelo MPF poderá ter implicações significativas para os futuros processos seletivos e para a credibilidade do MGI.

Fonte: www.metropoles.com

Fonte: m colorida de CNU concurso nacional unificado

PUBLICIDADE

VIDEOS

Relacionadas: