Ação militar é a mais severa desde o cessar-fogo de outubro, segundo autoridades locais
Ataques aéreos de Israel em Gaza resultaram em 33 mortos, a ação mais violenta desde o cessar-fogo.
Ataques em Gaza deixam 33 mortos, a maior tragédia desde o cessar-fogo
No dia 20 de novembro de 2025, o Exército de Israel realizou uma série de ataques aéreos na Faixa de Gaza, resultando na morte de ao menos 33 pessoas. Esta ação se destaca como a mais violenta desde a assinatura do acordo de cessar-fogo, que ocorreu em outubro deste ano. O ataque foi justificado por Israel como uma resposta a ferimentos sofridos por soldados israelenses na cidade de Khan Younis, ao sul da região.
Detalhes dos ataques e suas consequências
De acordo com informações de autoridades de saúde em Khan Younis, 17 corpos, incluindo cinco mulheres e cinco crianças, foram recebidos por hospitais locais. Na Cidade de Gaza, 16 palestinos perderam a vida, entre eles, sete crianças e três mulheres. O Hamas, grupo armado que controla Gaza, denunciou os ataques e afirmou que desde o cessar-fogo, mais de 300 palestinos foram mortos em ações militares israelenses.
Reações e implicações internacionais
A escalada da violência suscitou preocupações sobre a estabilidade do cessar-fogo mediado por países como Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. O plano de paz que foi aprovado pelo Conselho de Segurança da ONU na última segunda-feira (17/11) tinha como objetivo a reconstrução de Gaza e a manutenção da ordem. Este plano, que recebeu 13 votos a favor e duas abstenções (China e Rússia), autoriza a entrada de uma força internacional de estabilização.
A resolução, que é válida até o final de 2027, foi vista como um passo necessário para garantir a segurança e facilitar a ajuda humanitária na região. Na visão de analistas, a ação militar de Israel pode comprometer ainda mais este frágil acordo de paz.
O papel do Hamas e a resposta internacional
O Hamas, por sua vez, tem se posicionado fortemente contra os ataques, alegando que a agressão israelense é uma violação dos direitos humanos e um obstáculo para a paz duradoura. O grupo também tem enfatizado que a comunidade internacional precisa intervir para salvar vidas civis e restaurar a paz na região.
Futuro incerto para Gaza
O futuro imediato de Gaza permanece incerto, com a necessidade urgente de ajuda humanitária e reconstrução das áreas afetadas. O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, informou que um comitê palestino foi aprovado para administrar a Faixa de Gaza durante o período de transição. No entanto, as dificuldades em garantir a segurança e a entrega de ajuda humanitária persistem, levando a um cenário de vulnerabilidade.
A situação em Gaza continua a ser monitorada de perto pela comunidade internacional, enquanto apelos por um cessar-fogo definitivo e por negociações de paz se intensificam. O dilema entre segurança e direitos humanos permanece no centro das discussões sobre o futuro da região.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images