Itaú BBA reduz expectativas para Prio, Brava e PetroReconcavo; desafios para 2026

Análise dos novos preços-alvo e o cenário desafiador das petroleiras brasileiras.

O Itaú BBA revisou os preços-alvo de Prio, Brava e PetroReconcavo, refletindo um cenário incerto para o petróleo em 2026.

O cenário atual do mercado de petróleo no Brasil apresenta desafios significativos para as empresas do setor, especialmente após a recente revisão dos preços-alvo feita pelo Itaú BBA. A instituição financeira reavaliou as expectativas para Prio (PRIO3), Brava Energia (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) em função dos resultados do terceiro trimestre, sinalizando uma nova fase para esses ativos no horizonte de 2026.

Entenda o Contexto

A revisão realizada pelo Itaú BBA não ocorre em um vácuo; ela reflete um contexto global de incertezas no mercado de petróleo. A Opep, que tem um papel crucial na regulação da oferta de petróleo, deve continuar aumentando a oferta, o que pode pressionar os preços para baixo. Por outro lado, a demanda global permanece resiliente, criando um cenário de dois vetores opostos que afetam a dinâmica de preços.

Os analistas do banco projetaram uma redução do preço do petróleo Brent, passando de US$ 65 para US$ 60 por barril. Essa mudança é significativa, pois afeta diretamente a viabilidade econômica das empresas do setor, especialmente aquelas que dependem de margens mais altas para operar de forma lucrativa.

Detalhes

Com relação à Prio, o Itaú BBA manteve a recomendação de ‘outperform’, mas ajustou o preço-alvo de R$ 62 para R$ 50 por ação até o final de 2026. A companhia é vista como bem posicionada para enfrentar os desafios, com uma estimativa de produção de 187 kbpd em 2026, aumentando para 204 kbpd em 2027. O breakeven da Prio é estimado em aproximadamente US$ 51 por barril, o que a torna relativamente resiliente a preços mais baixos.

Em termos de fluxo de caixa, a Prio deve gerar um FCFE yield de 17% em 2026, um indicador positivo em um ambiente desafiador. A execução da produção de Wahoo, programada para abril de 2026, e a finalização da aquisição de Peregrino em junho devem ajudar a manter a companhia em uma posição favorável.

Por outro lado, a Brava Energia também viu sua recomendação ser mantida como ‘outperform’, mas o preço-alvo foi reduzido de R$ 28 para R$ 17. A empresa enfrenta desafios operacionais, mas conseguiu aumentar sua produção para 92 kboed no terceiro trimestre, refletindo um crescimento de 78% em um ano. A eficiência operacional é um ponto positivo, mas a empresa ainda precisa superar dificuldades relacionadas ao comissionamento de suas operações.

Finalmente, a PetroReconcavo teve sua recomendação mantida em ‘market perform’, com o preço-alvo ajustado para R$ 13. As projeções de produção foram revistas para 27 kboed em 2026, um sinal de que as expectativas para a empresa estão se tornando mais cautelosas, especialmente com a execução acelerada do capex e a baixa visibilidade de crescimento no curto prazo.

Repercussão e Expectativa

As reduções nas expectativas de preços por parte do Itaú BBA geram um clima de incerteza no mercado de ações, especialmente entre os investidores que acompanham o setor de petróleo e gás. A necessidade de eficiência e disciplina operacional se torna um mantra entre as petroleiras independentes, que devem se adaptar a um ambiente de preços mais baixos e uma demanda que, embora resiliente, pode não ser suficiente para garantir margens de lucro saudáveis.

Assim, enquanto Prio se destaca como uma das melhores apostas no setor, Brava e PetroReconcavo parecem estar em um caminho mais desafiador. O foco em eficiência operacional e a gestão rigorosa do capital são mais essenciais do que nunca para garantir a sobrevivência e o crescimento das empresas no competitivo mercado de petróleo.

Fonte: www.moneytimes.com.br

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