Mudança no domínio da B3 sinaliza nova fase no mercado financeiro
O Itaú Unibanco se torna a empresa mais valiosa da B3, superando a Petrobras pela primeira vez desde 2020, refletindo a força do setor financeiro.
Em 31 de agosto de 2025, o Itaú Unibanco (ITUB4) se destacou na B3 ao encerrar o pregão com um valor de mercado de R$ 401,9 bilhões, superando a Petrobras (PETR4), que ficou avaliada em R$ 396,5 bilhões. Essa mudança no cenário financeiro marca a primeira vez em quase cinco anos que o Itaú ocupa o primeiro lugar na bolsa brasileira, refletindo a força do setor financeiro e a fraqueza da petroleira estatal nos últimos meses.
Contexto do mercado
Segundo a consultoria Elos Ayta, este marco é notável, pois desde 2020, o Itaú tem se consolidado como uma das empresas mais valiosas da B3. O crescimento do Itaú é significativo, uma vez que, em dezembro de 2024, seu valor de mercado era de R$ 281,9 bilhões, o que representa uma alta superior a 40% em apenas dez meses. O otimismo com o setor financeiro, impulsionado pela recuperação das carteiras de crédito e expectativas positivas para os balanços bancários, contribui para essa ascensão.
Desempenho da Petrobras
Por outro lado, a Petrobras tem enfrentado desafios. Após atingir um valor de R$ 526 bilhões em fevereiro, a estatal viu sua avaliação cair em mais de R$ 120 bilhões nos últimos oito meses. A volatilidade dos preços do petróleo e a incerteza acerca de sua política de dividendos têm impactado negativamente a empresa. Recentemente, a Petrobras perdeu também o posto de segunda empresa mais valiosa da América Latina para o Nubank, listado na bolsa de Nova York.
Reorganização das empresas mais valiosas
O novo ranking das empresas mais valiosas da B3, conforme os dados de 31 de agosto, é o seguinte:
- Itaú (ITUB4): R$ 401,9 bilhões
- Petrobras (PETR4): R$ 396,5 bilhões
- Vale (VALE3): R$ 278,6 bilhões
- BTG Pactual (BPAC11): R$ 248,9 bilhões
- Ambev (ABEV3): R$ 198,2 bilhões
O fortalecimento do Itaú e do BTG Pactual sugere uma nova fase no mercado acionário brasileiro, onde os bancos voltam a ser protagonistas, após anos de domínio das commodities como Petrobras e Vale. “O movimento demonstra a força dos bancos na bolsa e uma recomposição natural do mercado”, afirmou a Elos Ayta.