James Webb detecta crosta de 20 metros no cometa 3I/Atlas

ATLAS

Descoberta revela impacto da radiação cósmica em cometas interestelares

O Telescópio Espacial James Webb revelou uma crosta de 15 a 20 metros no cometa 3I/Atlas, resultado de bilhões de anos de exposição à radiação cósmica.

Em novembro de 2025, o Telescópio Espacial James Webb revelou que o cometa 3I/Atlas desenvolveu uma crosta de 15 a 20 metros devido a bilhões de anos de exposição a raios cósmicos. Essa descoberta transforma a nossa compreensão sobre a composição de cometas que não fazem parte do nosso Sistema Solar.

Impacto da radiação cósmica

Pesquisadores do Instituto Real Belga de Aeronomia Espacial lideraram o estudo, que indica que a crosta foi formada pela conversão de monóxido de carbono em dióxido de carbono, intensificada pela ausência da proteção da heliosfera solar. Em julho de 2025, o cometa estava a 445 milhões de quilômetros da Terra, viajando a uma velocidade superior a 210 mil quilômetros por hora. O 3I/Atlas alcançou o periélio em 29 de outubro de 2025, momento que deu início à sublimação de sua superfície.

Composição e origem

A análise do cometa revelou que sua composição dominante é o dióxido de carbono, que é incomum em cometas solares, onde a água costuma predominar. O cometa, com uma idade estimada de cerca de 3 bilhões de anos, apresenta características que sugerem uma remodelação química significativa. Durante sua jornada, o 3I/Atlas colidiu com raios cósmicos, que alteraram sua estrutura química.

Comparações com outros cometas

A pesquisa sugere que, ao contrário dos cometas do Sistema Solar, que mantêm suas composições primitivas, o 3I/Atlas sofreu mudanças drásticas devido às condições extremas do espaço interestelar. O espectrógrafo NIRSpec do James Webb identificou altas concentrações de CO₂, indicando formação em regiões frias de sua estrela natal, o que contrasta com as condições que prevalecem em cometas locais.

Observações futuras

Os cientistas planejam realizar comparações entre dados pré e pós-periélio para identificar a composição original do cometa. O brilho acelerado e a coloração azul-viva observados podem ser indícios da liberação repentina de gases voláteis. Ao longo do tempo, a erosão solar pode expor camadas internas do cometa, oferecendo insights sobre a química primitiva da Via Láctea. Com a continuação das observações, a compreensão sobre a formação galáctica e a evolução dos cometas interestelares avança, destacando a importância de estudos como esse para a astronomia moderna.

Fonte: www.mixvale.com.br

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