Como Janessa Goldbeck e sua fundação estão enfrentando a política de imigração agressiva
Janessa Goldbeck, ex-Marine, se torna uma figura chave na luta contra a política de imigração de Trump, mobilizando veteranos e ativistas.
Quando Donald Trump começou a desplugar tropas para as cidades dos EUA, Janessa Goldbeck e sua organização, a Vet Voice Foundation, estavam prontas. Desde então, a fundação tem se preparado para o que pode vir a seguir, mobilizando veteranos e ativistas para enfrentar a política de imigração agressiva do ex-presidente.
A trajetória de Janessa Goldbeck
Janessa Goldbeck, uma ex-fuzileira naval, sempre teve uma mente estratégica. Em 2023, ela consultou um documentário que simulava um candidato presidencial tentando realizar um golpe militar. Em 2024, ela aconselhou líderes locais sobre a possibilidade de tropas sendo enviadas para as ruas para a aplicação de leis de imigração. Com a eleição de Trump, esse pesadelo se tornou realidade.
Goldbeck, que é a diretora executiva da Vet Voice Foundation, expressou sua preocupação sobre a politicização do exército, algo que, segundo ela, nunca foi tão evidente quanto agora. Desde janeiro, o presidente lançou mão de tropas da Guarda Nacional em diversas cidades, gerando protestos e preocupações sobre o uso militar em questões civis.
O papel da Vet Voice Foundation
A Vet Voice Foundation, que representa cerca de 2 milhões de veteranos e suas famílias, tem se tornado um recurso vital para governadores e prefeitos. Goldbeck e sua equipe têm trabalhado para fornecer suporte legal e treinamento a grupos ativistas, além de consultoria sobre como lidar com a presença militar em suas comunidades. “Estamos ajudando a moldar a comunicação e a garantir que a situação não se torne mais violenta”, diz Goldbeck.
Ela destaca que é um erro presumir que todos os membros da Guarda Nacional são fervorosos apoiadores de Trump. Muitos se sentem deslocados e desmotivados. Goldbeck relata conversas com guardas que expressaram tédio e frustração ao serem enviados para realizar tarefas consideradas insignificantes, como limpar ruas, em vez de cumprir suas funções de defesa.
A segurança em questão
Recentemente, dois membros da Guarda Nacional da Virgínia Ocidental foram emboscados em Washington, D.C., resultando na morte de uma soldada. Goldbeck questiona se o presidente está colocando esses homens e mulheres em perigo desnecessariamente. “Eles não estão treinados para as missões que estão sendo solicitadas”, afirma. Além disso, a presença dos militares em tempos de eleição levanta preocupações sobre a intimidação de eleitores, uma tática que Goldbeck considera alarmante e autoritária.
A luta pela justiça e os direitos civis
O ativismo de Goldbeck se estende além da imigração. Ela também tem lutado em favor de direitos das mulheres e de membros LGBTQ nas forças armadas, destacando a importância de uma instituição militar apolítica. Goldbeck observa que o atual governo está colocando essa neutralidade em risco, com ações que podem ter consequências de longo prazo para a profissão militar.
Goldbeck, que cresceu em uma família pacifista, nunca imaginou que um dia se tornaria uma líder militar. Sua trajetória é marcada por desafios e uma busca constante por justiça, refletindo uma mudança significativa na forma como veteranos e ativistas veem seu papel na sociedade. Com a Vet Voice Foundation, ela continua a lutar por um futuro onde os direitos civis sejam respeitados e defendidos, mesmo diante de uma administração que busca silenciar vozes discordantes.
Fonte: www.theguardian.com
Fonte: Courtesy Vet Voice Foundation