A trajetória inspiradora do CEO que revolucionou o mercado de tecnologia
Jensen Huang, CEO da Nvidia, se destacou ao transformar a empresa na mais valiosa do mundo, atingindo US$ 5 trilhões em 2025.
No dia 29 de outubro de 2025, a Nvidia (NVDA) fez história ao se tornar a primeira empresa da história a atingir US$ 5 trilhões (aproximadamente R$ 26,9 trilhões) em valor de mercado. A marca ultrapassa a Apple, segunda colocada, por cerca de US$ 1 trilhão. E no centro dessa revolução está Jensen Huang.
O taiwanês de 62 anos começou a vida de maneira modesta. Hoje ele comanda um império que está à frente da revolução da inteligência artificial (IA). Nascido em Taipei, capital de Taiwan, e criado entre a Tailândia e os EUA, Huang teve uma infância simples, sem luxos. Quando adolescente, seus pais o enviaram para estudar nos Estados Unidos junto ao irmão, onde Huang começou a trabalhar à noite, lavando pratos em um restaurante da rede Denny’s para complementar a renda.
A rotina pesada foi, segundo o próprio Huang, essencial para sua formação. Em entrevista à BBC, ele afirmou: “Foi uma excelente escolha. Recomendo que todos façam seu primeiro emprego em um restaurante, onde se aprende a ser humilde e trabalhar duro.” Durante esse período, Huang frequentava o Instituto Oneida Baptist na cidade de Kentucky, onde, além de trabalhar, enfrentava os desafios de uma instituição que mais se parecia com um reformatório. Como ele mesmo comentou em entrevista à NPR em 2012, “os meninos eram difíceis, todos com navalhas no bolso, e as brigas não eram bonitas de se ver”. Por lá, o fundador da Nvidia era responsável por limpar os banheiros.
Após a escola, Huang se formou em engenharia elétrica pela Universidade Estadual de Oregon — onde também conheceu sua esposa, Lori. Em seguida, fez mestrado em Stanford, na Califórnia, e trabalhou em empresas de tecnologia. Em 1993, ao lado de Chris Malachowsky e Curtis Priem, fundou a Nvidia. Coincidência ou não, a ideia de começar a empresa viria a surgir em um café da manhã em uma lanchonete da rede Denny’s, em San José, na Califórnia.
Embora, por muitos anos, a Nvidia tenha sido sinônimo de placas de vídeo para gamers, Huang tinha uma visão muito mais ampla. Ele acreditava que os chips gráficos (GPUs) poderiam ser usados para muito mais do que rodar jogos — e, na última década, ele provou que estava certo. Atualmente, os chips da Nvidia alimentam data centers, robôs e os mais avançados modelos de IA do mundo, incluindo o ChatGPT, de OpenAI. Essa estratégia de apostar em IA fez com que o valor de mercado da Nvidia disparasse.
Em menos de três anos, a Nvidia saltou de US$ 300 bilhões para US$ 5 trilhões, superando gigantes como Apple, Microsoft e Saudi Aramco. Hoje, a empresa é a mais valiosa do mundo, com o principal produto sendo o chip H100, que custa dezenas de milhares de dólares e é altamente demandado no setor de IA, especialmente para o ChatGPT, que necessita de cerca de 30 mil GPUs para funcionar, de acordo com a empresa especializada TrendForce.
Com o crescimento da Nvidia, a fortuna de Jensen Huang seguiu a mesma trajetória ascendente. Hoje, com cerca de 3% de participação na empresa que fundou, Huang ocupa a nona posição na lista dos homens mais ricos do mundo, ao lado de nomes como Elon Musk, Mark Zuckerberg, Larry Ellison e Jeff Bezos. Sua fortuna é estimada em US$ 180 bilhões, de acordo com o Bloomberg Billionaires Index.
