Uma influenciadora de apenas 16 anos alcançou aprovação no curso de Medicina, chamando atenção não apenas pela sua idade, mas também pela abordagem utilizada em sua redação. A mensalidade do curso é de R$ 16 mil. A jovem, identificada como Júlia Pimentel, viralizou após a divulgação da sua aprovação e, principalmente, pelo teor incomum de seu texto dissertativo-argumentativo.
O diferencial da redação de Júlia está no uso da primeira pessoa. Tradicionalmente, esse tipo de texto exige uma impessoalidade, com o autor defendendo um ponto de vista de forma objetiva e distante. A escolha da jovem, no entanto, de redigir sobre si mesma, gerou discussões acaloradas entre professores e especialistas da área.
A principal questão levantada é a validade e a aceitação dessa técnica em processos seletivos. Enquanto alguns defendem que a redação em primeira pessoa pode ser uma forma original e autêntica de expressar ideias e argumentos, outros questionam se essa abordagem estaria em conformidade com as normas e exigências tradicionais dos vestibulares e concursos.
Professores de redação avaliam a permissibilidade da técnica utilizada por Júlia Pimentel em processos seletivos, e se a dissertação argumentativa em primeira pessoa é uma prática válida. O debate segue aceso, com diferentes perspectivas sobre o que é considerado aceitável e eficaz na construção de um texto dissertativo-argumentativo. A aprovação de Júlia e sua redação inovadora reacenderam a discussão sobre as possibilidades e limites da escrita em processos seletivos.