Judiciário dos EUA se opõe a Trump em decisões contundentes

Tom Williams/CQ-Roll Call/Getty

Juízes de diferentes partidos mostram resistência às políticas extremas do ex-presidente

Judiciários se opõem a medidas de Trump, desafiando suas políticas sobre imigração e segurança.

Juízes de diferentes partidos têm mostrado resistência a ações do ex-presidente Donald Trump, especialmente em relação a imigração e segurança. Nos últimos meses, tribunais de distrito e apelação têm rechaçado alegações de emergência feitas pela administração, evidenciando uma crescente desconfiança nas informações governamentais. Essa resistência se tornou evidente com decisões como as da juíza Karin Immergut, que contestou a caracterização de Portland como um “campo de guerra”.

Números de decisões contra o governo

  • De acordo com um estudo realizado pelo Just Security, o número de casos em que os tribunais expressaram desconfiança nas informações do governo subiu para 40 em 15 de outubro, comparado a 35 em setembro.
  • As decisões que consideraram ações administrativas como “arbitrárias e caprichosas” totalizaram 58 até 15 de outubro, contra 52 no mês anterior.

Rétrocesso judicial e suas implicações

Os juízes têm enfatizado que a administração Trump não pode usar a força militar para execução de leis, a menos que autoridades civis estejam completamente sobrecarregadas. A juíza April Perry, por exemplo, rejeitou a solicitação para enviar a Guarda Nacional a Chicago, apontando a falta de credibilidade nas alegações do Departamento de Segurança Interna. Essa crescente resistência judicial reflete um sentimento de que as políticas de Trump são muitas vezes injustificadas e ilegais.

O futuro das decisões judiciais

Embora as recentes decisões judiciais sejam firmes, especialistas alertam que a Suprema Corte, com sua maioria conservadora de 6-3, pode reverter algumas delas. No entanto, a tendência atual demonstra um compromisso crescente dos juízes em honrar suas responsabilidades constitucionais. O ex-juiz da Corte de Apelações, J Michael Luttig, afirmou que “os juízes dos Estados Unidos não serão ameaçados e continuarão a honrar seus juramentos”.

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