Eduardo Tagliaferro será julgado por crimes relacionados a vazamento de informações

STF marca julgamento de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Moraes, por crimes de obstrução e violação de sigilo.

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 7 de novembro de 2025 o julgamento de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, acusado de crimes graves, incluindo violação de sigilo funcional e obstrução de investigação. A análise será concluída em 14 de novembro, em plenário virtual.

Acusações e crimes

Eduardo Tagliaferro, que atuou como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação durante a presidência de Moraes no TSE, foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Ele é suspeito de ter vazado informações sigilosas, como mensagens trocadas entre servidores do STF e do TSE, para a Folha de S.Paulo.

Contexto das investigações

A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que ressaltou a gravidade das ações de Tagliaferro, especialmente no contexto de investigações sobre atos antidemocráticos relacionados aos eventos de 8 de janeiro de 2023. O ex-assessor nega as acusações e afirma que não vazou informações confidenciais.

O papel da Polícia Federal

Tagliaferro já havia sido indiciado pela Polícia Federal, que o aponta como responsável por repassar informações sigilosas, o que causou danos à Administração Pública. A PGR destaca que as investigações em curso na Suprema Corte eram críticas e envolviam a apuração de crimes relacionados a uma tentativa de golpe de Estado.
Assim, o julgamento de Tagliaferro pode ter importantes implicações para o cenário político e judicial no Brasil.