Julgamento do governador do Rio agendado para 4 de novembro

Rafael Wallace

Caso pode levar à inelegibilidade de Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar

O TSE agendou para 4 de novembro o julgamento que pode tornar Cláudio Castro inelegível. Ele e Rodrigo Bacellar são acusados de abuso de poder nas eleições de 2022.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) marcou para o dia 4 de novembro, a próxima terça-feira, o julgamento que pode levar à cassação e à inelegibilidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), e do presidente da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio), Rodrigo Bacellar (União Brasil). Ambos são acusados de abuso de poder político e econômico nas eleições de 2022. As ações que serão analisadas pelo TSE tratam de um esquema para contratação de funcionários do Ceperj (Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro) como cabos eleitorais.

A defesa de Cláudio Castro

Em nota, o governador ressaltou a confiança na Justiça Eleitoral e lembrou que o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro julgou improcedentes as acusações por ausência de provas. “Todas as ações do governo seguiram dentro da legalidade, sem qualquer relação com a campanha eleitoral”, diz o texto. Ele também reafirmou o respeito absoluto ao processo legal e à vontade dos quase 5 milhões de eleitores fluminenses que o elegeram.

Investigações e revelações

Uma série de reportagens revelou que dezenas de milhares de pessoas foram contratadas sem transparência, com indícios de uso político dos projetos da Fundação Ceperj e da Uerj. Uma investigação do Ministério Público do Rio descobriu saques de dinheiro vivo na “boca do caixa”, totalizando R$ 248 milhões retirados em agências bancárias por pessoas envolvidas no suposto esquema.

O futuro do processo

Cláudio Castro e Rodrigo Bacellar foram absolvidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio em maio de 2024, mas o Ministério Público Eleitoral recorreu ao TSE. O processo está sob relatoria da ministra Isabel Gallotti, que irá conduzir o julgamento ao lado da presidente do TSE, Cármen Lúcia, e outros ministros.

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