Juros futuros recuam com dados de inflação no Brasil e nos EUA

Juros Futuros

Expectativas de corte nas taxas de juros influenciam o mercado financeiro

Taxas de juros recuam com dados de inflação no Brasil e EUA, influenciando o mercado financeiro.

As taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) encerraram a sessão desta segunda-feira (27) em tom misto, influenciadas pelo enfraquecimento do dólar e a redução das expectativas de inflação no Brasil. Os juros futuros de longo prazo terminaram o dia com baixas leves, enquanto os contratos curtos mantiveram-se praticamente estáveis.

Números e indicadores do caso

No fim da tarde, a taxa do DI para janeiro de 2028 estava em 13,095%, ante o ajuste de 13,090% da sessão anterior. A taxa para janeiro de 2035 caiu para 13,475%, uma redução de 3 pontos-base em relação ao ajuste de 13,509%. No cenário internacional, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA terminaram sem uma direção clara, com o mercado antecipando um possível corte nas taxas de juros na próxima reunião do Federal Reserve, que se aproxima.

Expectativas de corte nos juros

A ferramenta FedWatch, do CME Group, indicava 97,8% de probabilidade de um corte de 25 pontos-base na taxa de juros pelos EUA na quarta-feira (29). A taxa de referência atual está entre 4,00% e 4,25%. A reunião entre os presidentes do Brasil e dos EUA na Malásia também contribuiu para reduzir as tensões, abrindo espaço para a baixa do dólar. O Boletim Focus do Banco Central, divulgado antes da abertura da sessão, mostrou que a mediana das expectativas para a inflação em 2025 caiu de 4,70% para 4,56%.

Análise das expectativas de inflação

Matheus Spiess, analista da Empiricus Research, comentou que as mudanças nas previsões surgem após a divulgação de números importantes, como o IPCA-15 de outubro e o CPI de setembro nos EUA, que vieram abaixo do esperado. Ele destacou que houve um ‘catch up’ nas projeções, resultando em uma revisão para baixo das expectativas, o que é um bom sinal. As expectativas de um possível corte na Selic, atualmente em 15% ao ano, estão se intensificando, mas a curva de juros ainda demonstra um comportamento contido devido ao diferencial favorável ao Brasil.

Conclusão

O mercado continuará atento aos desdobramentos das políticas monetárias e comerciais entre os EUA e Brasil, especialmente com as próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central previstas para o início de novembro.

PUBLICIDADE

Relacionadas: