Transcrições do júri sobre o tráfico sexual de Jeffrey Epstein serão liberadas ao público.
Transcrições do júri sobre o tráfico de Epstein serão liberadas ao público após decisão da Justiça dos EUA.
Justiça dos EUA determina divulgação do caso Epstein
Nesta quarta-feira (10/12), a Justiça dos Estados Unidos anunciou a divulgação pública das transcrições secretas do júri do caso de tráfico sexual que envolveu o bilionário Jeffrey Epstein. Essa decisão foi proferida pelo juiz federal Richard M. Berman, de Manhattan, em conformidade com a recém-sancionada Lei de Transparência dos Arquivos Epstein, que exige que documentos relacionados ao caso sejam liberados até 19 de dezembro.
Contexto da decisão sobre a divulgação
A decisão de Berman vem após a autorização de liberação de documentos do julgamento de Ghislaine Maxwell, ex-namorada de Epstein, condenada por tráfico sexual. Esta liberação ocorre em um cenário onde outras decisões judiciais também foram tomadas, como a de um juiz na Flórida que liberou materiais de uma investigação federal arquivada nos anos 2000. Anteriormente, Berman havia considerado que a divulgação das cerca de 70 páginas de documentos não revelaria informações relevantes sobre Epstein, chamando-as de “apenas um fragmento de boato”. Contudo, com a nova legislação, o juiz reconheceu a necessidade de liberação respeitando a privacidade das vítimas, afirmando que “a segurança e a privacidade das vítimas são fundamentais”.
O conteúdo das transcrições
As transcrições que serão divulgadas incluem depoimentos de agentes do FBI e de um detetive da polícia de Nova York, que atuaram nos grandes júris relacionados aos casos de Epstein e Maxwell. Parte deste conteúdo já havia sido disponibilizada durante o julgamento de Maxwell, conforme afirmam os promotores. Jeffrey Epstein foi denunciado em 2019 por um grande júri e, um mês depois, foi encontrado morto em sua cela no Centro Correcional Metropolitano de Nova York, com a causa da morte classificada como suicídio.
Imagens e novos documentos revelados
No início de dezembro, democratas da Comissão de Supervisão da Câmara divulgaram imagens inéditas da mansão de Epstein, localizada em uma ilha particular no Caribe. As imagens revelam quartos e banheiros que permanecem intactos, além de detalhes intrigantes como uma cadeira semelhante às utilizadas em consultórios odontológicos e anotações em um quadro-negro com palavras como “poder” e “conspirações”. Algumas informações, incluindo nomes de mulheres, foram censuradas para proteger a privacidade.
Implicações da nova lei
A promulgação da lei que exige a liberação de documentos relacionados ao caso foi assinada pelo ex-presidente Donald Trump e aprovada por uma larga maioria bipartidária no Congresso. Esta legislação estabelece um prazo de 30 dias para que o governo divulgue registros bancários, entrevistas e outros materiais acumulados durante mais de uma década de investigações. Entretanto, existem dúvidas entre parlamentares sobre a capacidade do governo de cumprir esses prazos, especialmente com novas investigações abertas que podem indicar atrasos na liberação dos documentos, citando preocupações com a proteção das vítimas e a continuidade das apurações em curso.
Fonte: www.metropoles.com
Fonte: Partido Democrata


