Justiça rejeita queixa-crime de Leila contra Dudu

Decisão do juiz Luís Augusto Barreto Fonseca foi publicada nesta sexta-feira em Belo Horizonte

A Justiça rejeitou a queixa-crime da presidente do Palmeiras contra o atacante do Atlético-MG, Dudu, em decisão publicada nesta sexta.

Justiça rejeita queixa-crime de Leila Pereira contra Dudu

No dia 14 de novembro de 2025, o juiz Luís Augusto Barreto Fonseca, da 8ª Vara Criminal de Belo Horizonte, tomou a decisão de rejeitar a queixa-crime apresentada pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, contra o atacante do Atlético-MG, Dudu. A informação foi divulgada em um contexto de provocações mútuas nas redes sociais entre os dois atletas, que geraram discussões acaloradas entre torcedores e na mídia esportiva.

A queixa-crime foi motivada por uma resposta de Dudu a declarações feitas por Leila, em que ele usou uma linguagem considerada ofensiva nas redes sociais. O jogador fez uma postagem onde dizia: “O caminhão estava pesado e mandaram eu sair pelas portas do fundo!!! (sic). Minha história foi gigante e sincera, diferente da sua senhora Leila Pereira. Me esquece. VTNC.”

Na sentença, o juiz destacou que a expressão utilizada por Dudu, embora vulgar, era parte de um desabafo que não atacava a dignidade de Leila. O magistrado enfatizou que a comunicação nas redes sociais muitas vezes envolve expressões mais liberais e que, neste caso, não se tratava de um ataque sério à honra da presidente. Segundo o juiz, a linguagem utilizada era mais uma manifestação de raiva do que uma ofensa real.

Além disso, a decisão também abordou a participação da União Brasileira de Mulheres, que havia se manifestado a favor da inclusão na queixa-crime. O juiz negou essa possibilidade, argumentando que não havia indícios suficientes de que a declaração de Dudu tivesse conotações discriminatórias em relação a Leila por ser mulher.

Este caso gerou repercussão não apenas nas redes sociais, mas também na Justiça Desportiva, onde Dudu já havia sido punido com seis jogos de suspensão e uma multa de R$ 90 mil devido às ofensas dirigidas à presidente do Palmeiras. A situação ressaltou o crescente debate sobre o comportamento de atletas nas mídias sociais e as consequências legais que podem surgir desse tipo de interação.

Com a rejeição da queixa-crime, Dudu pode continuar sua carreira sem o peso de um processo legal que poderia afetar sua imagem e desempenho em campo. A decisão do juiz reflete uma compreensão mais ampla das interações digitais e suas implicações legais, sinalizando que a Justiça está atenta ao contexto em que as palavras são ditas e as reações que elas provocam.

Fonte: ge.globo.com

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