Após duas décadas de fuga, a brasileira Flávia Alves Musto, condenada como mandante do assassinato de seu ex-companheiro em 2005, foi detida pelas autoridades italianas no último sábado, 13 de setembro. O crime ocorreu em Maranguape II, Pernambuco, e desde 2019, quando foi condenada pelo Tribunal do Júri de Paulista, Flávia estava foragida, segundo informações do Ministério Público de Pernambuco.

Flávia Musto figurava na lista vermelha da Interpol, um alerta internacional para localizar e prender indivíduos procurados para extradição. Sua prisão ocorreu na cidade de Pisa, na Itália, conforme informou o Departamento de Segurança Pública da Interpol em Roma ao Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Agora, ela aguarda os trâmites do processo de extradição, estando à disposição do Tribunal de Apelação de Florença.

O crime que culminou na condenação de Flávia Musto chocou a comunidade local. Isaías de Lira, a vítima, foi morto a tiros em 14 de agosto de 2005. O relacionamento entre Isaías e Flávia, que durou dois anos e foi marcado por idas e vindas, era descrito como turbulento, com relatos de ciúme, possessividade e agressividade por parte da acusada.

De acordo com as investigações, Flávia Musto não aceitava o término do relacionamento e, ao descobrir um novo namoro de Isaías, teria feito ameaças e buscado informações sobre ele. A justiça a considerou a mandante do homicídio.

Inicialmente condenada a 29 anos de prisão, a pena de Flávia Musto foi reduzida para 21 anos após um recurso no TJPE. Atualmente, um novo recurso tramita na 1ª Vice-Presidência do TJPE, aguardando análise para possível julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ).