Deputado questiona a posição do PT sobre o depoimento da presidente do Palmeiras na CPMI do INSS
Kataguiri contesta o posicionamento do PT contra a oitiva de Leila, presidente do Palmeiras, na CPMI do INSS.
Na quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) expressou sua discordância em relação à postura do Partido dos Trabalhadores (PT) que se opôs à oitiva da presidente do Palmeiras, Leila Pereira, no âmbito da CPMI do INSS. Kataguiri destacou a importância do depoimento de Leila, especialmente em meio às investigações que envolvem suspeitas de irregularidades com empréstimos consignados.
A CPMI, que tem como objetivo investigar denúncias relacionadas ao INSS, tem sido marcada por controvérsias. Recentemente, o colegiado, com o apoio do governo, rejeitou a convocação de não apenas Leila, mas também dos CEOs dos bancos Santander, C6 e PicPay. Essa rejeição foi vista como uma forma de proteção às figuras influentes no setor bancário, e Kataguiri criticou abertamente essa atitude, afirmando que a transparência deve prevalecer.
A pauta da CPMI e suas implicações
A comissão se preparava para votar 181 requerimentos, que incluem a convocação de autoridades e empresários envolvidos em operações suspeitas. Entre os nomes destacados estão:
- Wolney Queiroz, ministro da Previdência;
- Daniel Vorcaro, dono do Banco Master;
- Jorge Messias, ministro-chefe da AGU;
- Romeu Zema, governador de Minas Gerais;
- Fábio Luís Lula da Silva (Lulinha), convocado para esclarecer sua relação com um esquema de descontos irregulares.
Essas audiências são cruciais para entender as conexões entre as associações de aposentados e os descontos indevidos que ocasionaram um prejuízo significativo a milhões de brasileiros. A chamada “farra no INSS” ganhou destaque após reportagens que relataram a arrecadação indevida que ultrapassou R$ 2 bilhões em um único ano.
Investigação em curso e suas consequências
As denúncias desencadearam uma série de investigações pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU). A Operação Sem Desconto, deflagrada em abril deste ano, resultou na demissão de altas autoridades do INSS e levou à abertura de inquéritos para apurar as ilegalidades. O relatório da CGU revelou que uma grande parte dos beneficiários não deu consentimento para os descontos aplicados, o que demonstra a gravidade da situação.
A sessão em questão deveria contar com o depoimento de Silas da Costa Vaz, secretário da Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares do Brasil (Conafer). Entretanto, o depoente apresentou um atestado médico alegando estar com dengue, o que levou à suspensão de sua oitiva. Essa situação destaca a fragilidade das investigações e a urgência em tratar dos temas que envolvem direitos sociais.
A pressão pela convocação de Leila Pereira
Kim Kataguiri deixou claro que a falta de apoio à convocação de Leila Pereira revela um acobertamento das práticas irregulares que estão sendo investigadas. A oitiva da presidente do Palmeiras seria um passo importante para esclarecer a relação do clube com os mecanismos de empréstimos consignados que afetam os aposentados. O deputado enfatizou que a população merece respostas e que a responsabilização de figuras públicas é essencial para a confiança nas instituições.
O que está em jogo não é apenas a transparência, mas também a justiça social para milhares de brasileiros que se veem prejudicados por práticas inadequadas dentro do sistema financeiro e previdenciário. É fundamental que todos os envolvidos sejam convocados e que suas histórias sejam ouvidas na busca pela verdade.


