Kiev pode aceitar zona desmilitarizada em proposta de paz

Negociador sugere que criação de área sem tropas pode ser solução

Negociador ucraniano menciona a possibilidade de zona desmilitarizada na região de Donbass.

Kiev discute criação de uma zona desmilitarizada no leste

O negociador ucraniano Mykhailo Podoliak trouxe à tona a possibilidade de que Kiev aceite a criação de uma zona desmilitarizada na região do Donbass, conforme as negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia avançam. A proposta segue a ideia de um acordo fundamentado por sugestões do presidente dos EUA, Donald Trump. A neutralidade militar em território ucraniano é um aspecto central desse plano.

O conceito de uma zona desmilitarizada implica que tanto as forças russas quanto as ucranianas se retirariam das suas posições ao longo da linha de frente existente. Podoliak enfatiza que essa medida é necessária para evitar novas escaladas de conflito e potencializar um ambiente de paz duradoura. Embora o governo russo reivindique o controle total da região, a proposta busca estabelecer um compromisso que preserve a soberania ucraniana enquanto diminui a tensão militar.

Proposta e condições para a implementação

Em declarações ao jornal francês Le Monde, Podoliak indicou que “uma zona desmilitarizada deve existir em ambos os lados da linha” de confronto. Ele destaca a importância de definir se todas as armas devem ser retiradas ou apenas as pesadas. Para garantir o respeito aos termos acordados, a presença de um contingente estrangeiro e de missões de monitoramento será fundamental.

“Este é um formato natural para o fim do conflito, visto que parte do território permanecerá sob ocupação russa e uma linha de separação será estabelecida”, comentou Podoliak, destacando o cenário complexo que se apresenta.

Avanços nas negociações e a posição da França

O ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Noël Barrot, confirmou que as negociações estão em andamento e que há um ar de otimismo. Segundo ele, a paz está mais próxima, mas ressalta que a decisão sobre o território é uma prerrogativa exclusiva dos ucranianos. Durante sua declaração, Barrot afirmou que a disposição do presidente Volodymyr Zelensky para criar condições para uma paz justa e duradoura é um sinal positivo.

Na última quinta-feira, Zelensky abordou as possíveis concessões exigidas para o fim do conflito, incluindo a ideia de uma zona desmilitarizada. No entanto, ele condicionou a aceitação de tal proposta a um referendo ou eleição que permita que a população ucraniana decida sobre o futuro do país.

Os desafios de Kiev e a pressão externa

Apesar do avanço nas negociações, a ideia de uma zona desmilitarizada representaria uma concessão significativa de Kiev, que ainda resiste em abrir mão de reivindicações territoriais. Zelensky criticou a incerteza em torno de quem administraria este novo território proposto. Ele também expressou a frustração em relação à pressão dos EUA para aceitar as concessões, observando que este processo deve atender os interesses ucranianos.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, indicou que Trump está desconfortável com a lentidão das negociações e exigiu resultados mais imediatos. Em meio a esse cenário, a coalizão de aliados europeus também busca influenciar as conversas, embora enfrente desafios devido à mudança nas dinâmicas de poder.

O futuro das negociações

O clima de incerteza paira sobre as negociações com a aproximação de uma cúpula dos líderes europeus marcada para 18 de dezembro, onde discussões sobre o uso de ativos russos congelados para ajudar a Ucrânia devem ser abordadas. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, observou que a próxima semana será decisiva para a Ucrânia, destacando que as soluções propostas são cruciais para o futuro do país e da segurança na Europa.

As próximas decisões moldarão não apenas o destino imediato da Ucrânia, mas também as relações geopolíticas mais amplas na região.

Fonte: www.metropoles.com

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