Kim Jong-un Anuncia Nova Estratégia Nuclear e Militar em Meio a Críticas a Exercícios Militares EUA-Coreia do Sul

Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, revelou que o país adotará uma política de desenvolvimento simultâneo de armas nucleares e forças militares convencionais. O anúncio foi feito às vésperas do próximo congresso do Partido dos Trabalhadores da Coreia, segundo informações divulgadas pela agência estatal KCNA neste sábado. A nova estratégia marca uma escalada nas ambições militares do regime norte-coreano.

Durante inspeções a centros de pesquisa de armas na quinta e sexta-feira, Kim detalhou que o 9º Congresso do Partido apresentará formalmente a política de “impulsionar simultaneamente a construção de forças nucleares e forças armadas convencionais no campo da construção da defesa nacional”, conforme relatado pela KCNA. Além disso, Kim supervisionou um exercício de tiro das Forças Armadas e inspecionou o local de construção de um hospital.

A intensificação das atividades domésticas de Kim ocorre logo após seu retorno de uma viagem a Pequim, onde participou de eventos multilaterais e se encontrou com líderes como o presidente chinês Xi Jinping e o presidente russo Vladimir Putin. A visita elevou o perfil internacional do líder norte-coreano em um momento de tensões crescentes na região.

Simultaneamente, a KCNA divulgou um comentário criticando severamente os exercícios militares simulados planejados entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul para a próxima semana. A agência classificou os exercícios como um “exercício de guerra nuclear” e argumentou que eles justificam a intensificação da postura nuclear da Coreia do Norte. “Tais manobras agressivas exacerbam as tensões e demandam uma resposta firme”, declarou um porta-voz do governo em nota oficial.

A retórica e as ações de Kim Jong-un indicam uma postura desafiadora em relação à comunidade internacional, enquanto a Coreia do Norte busca consolidar seu status como potência nuclear. O cenário geopolítico na Península Coreana permanece tenso, com perspectivas incertas sobre o futuro das negociações de desarmamento.

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