Em um cenário geopolítico já marcado por tensões, a recente aparição da filha de Kim Jong-un ao lado do líder norte-coreano em um desfile militar na China reacendeu o debate sobre a futura liderança do país. A presença de Kim Ju-ae, cuja idade e nome exatos permanecem um mistério para o mundo exterior, levanta a questão: estaria Kim Jong-un preparando sua filha para ser sua sucessora?
A Coreia do Norte, um país conhecido por seu hermetismo, raramente divulga informações sobre a vida privada de seus líderes. No entanto, a inteligência sul-coreana já identificou a jovem como Kim Ju-ae, e especulações sobre seu possível papel na dinastia norte-coreana ganham força a cada aparição pública.
A primeira menção pública da existência de uma filha de Kim Jong-un veio em 2013, quando o ex-jogador de basquete americano Dennis Rodman revelou ao jornal britânico The Guardian que havia conhecido a bebê Ju-ae durante uma visita a Pyongyang. “Eu segurei a bebê deles, Ju-ae, e também conversei com a esposa (de Kim)”, afirmou Rodman na época.
A confirmação oficial da existência de Kim Ju-ae só veio em 2022, quando a mídia estatal norte-coreana divulgou fotos do líder acompanhado de sua “amada” filha durante o lançamento de um míssil balístico intercontinental. Desde então, a jovem tem sido vista em diversos eventos importantes, sempre ao lado do pai, alimentando as especulações sobre seu futuro.
Ao longo de 2024 e 2025, Kim Ju-ae tem marcado presença constante em eventos públicos, desde concertos de Ano Novo até visitas a fábricas de armas e encontros com diplomatas estrangeiros, incluindo o embaixador russo na Coreia do Norte. A mídia estatal norte-coreana a trata com reverência, referindo-se a ela como a “respeitada” filha do líder, um indicativo de seu possível status especial.
A recente viagem de Kim Ju-ae à China, para participar das celebrações do 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, foi vista por analistas como um sinal de que ela é a “favorita” para se tornar a próxima líder suprema da Coreia do Norte. Resta saber se essa jovem, quebrando paradigmas, será a primeira mulher a liderar o país.