Christiane Monnerat aborda experiências em obra inspirada em boletins de ocorrência

Christiane Monnerat, procuradora de Justiça, lança 'Crime e Latido', inspirado em boletins de ocorrência sobre proteção animal.

Christiane Monnerat, procuradora de Justiça e ativista da causa animal, lança nesta segunda-feira (29) no Rio de Janeiro seu primeiro livro, ‘Crime e Latido’, que se baseia em dezenas de boletins de ocorrência coletados ao longo de sua carreira na 19ª Promotoria de Justiça. A obra, segundo a autora, é um “desabafo jurídico” que mescla memórias e relatos sobre os bastidores do sistema forense carioca.

Histórias de superação e sarcasmo

A autora ressignifica apelidos depreciativos que recebeu ao longo de sua trajetória, transformando-os em parte de sua narrativa. Christiane revela que, apesar de ter considerado usar um desses apelidos como título, optou por um nome que reflete melhor sua intenção de expor as dificuldades enfrentadas na proteção animal. “É um exorcismo encadernado onde conto como é difícil trabalhar com proteção animal”, diz.

Inspiração literária

A conexão com a literatura é evidente, já que Christiane se inspirou em Fiódor Dostoiévski para compor sua obra. Ela destaca um trecho de ‘Crime e Castigo’ que a marcou profundamente, refletindo sobre a dor e a luta pela proteção dos animais. A narrativa também aborda experiências pessoais, incluindo um episódio trágico que a impactou diretamente.

Expectativa e receios

Com a proximidade do lançamento, a autora expressa ansiedade sobre a recepção do livro. Ela menciona que, embora tenha modificado alguns nomes, a verdade sobre sua experiência está presente na obra. Christiane ressalta a importância de sua história e a documentação que a embasa, mas também revela temores relacionados à exposição e à segurança.
A obra promete ser um desdobramento interessante na discussão sobre direitos dos animais e os desafios enfrentados por aqueles que trabalham em sua defesa.