Laura Villars contesta eleições da FIA e ameaça judicialização

Candidata à presidência critica irregularidades no processo eleitoral

A candidata Laura Villars ameaça levar o processo eleitoral da FIA à justiça, alegando irregularidades que comprometem a transparência do pleito.

A corrida pela presidência da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) ganhou novos capítulos nos últimos dias, após a candidata Laura Villars demonstrar insatisfação com o atual processo eleitoral da entidade. Segundo ela, existem irregularidades que podem levar a ações legais e judiciais.

Villars afirmou que sua equipe jurídica já iniciou diálogos formais com a administração da FIA. O motivo seriam mudanças recentes no processo eleitoral, que estariam em desacordo com os estatutos da federação. “As alterações feitas ao longo do ano no processo levantam questões legítimas sobre sua conformidade com as regras da FIA”, declarou Villars. “Esses pareceres confirmam que diversas modificações contrariam os estatutos e precisam ser revistas.”

Ações legais em análise

A candidata citou ainda o Artigo 1.3 dos estatutos da organização, que determina a observância de altos padrões de governança, democracia e transparência. “Estamos avaliando todas as medidas possíveis, inclusive legais e judiciais, para assegurar que esses princípios sejam respeitados. A FIA é uma associação sem fins lucrativos regida pela legislação francesa e deve agir de acordo com esse status.”

Importância da transparência

Villars também destacou a importância do compromisso de todos os concorrentes em garantir um processo transparente. “A legitimidade e credibilidade global da FIA dependem de sua integridade democrática”, afirmou.

Contexto eleitoral

A declaração de Villars chega em um momento que pode ser definitivo para as eleições. O atual presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está muito próximo de ser reeleito por um detalhe: na semana passada, o Conselho Mundial de Esportes Motorizados divulgou a lista de candidatos aptos a compor as chapas presidenciais. Entre os 29 nomes, apenas o nome de Fabiana Ecclestone aparece como representante da América do Sul, aliada de Ben Sulayem.

A regra exige que os vice-presidentes da FIA representem diferentes regiões, o que limita a composição das chapas. Como cada candidato só pode contar com um grupo exclusivo de apoiadores, a atual configuração pode inviabilizar as outras candidaturas — além de Villars, também concorrem Tim Mayer e Virginie Philippot.

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