O papa destaca a pobreza e a necessidade de acolhimento
O papa Leão XIV critica a elite abastada em sua primeira exortação apostólica, destacando a pobreza e a necessidade de mudança.
Na quinta-feira, 9 de outubro, o papa Leão XIV lançou sua primeira exortação apostólica, intitulada “Dilexi Te”. O pontífice expressou preocupação com a forma como os ricos habitam em uma “bolha de conforto e luxo”, enquanto a pobreza se torna cada vez mais prevalente. Segundo o líder da Igreja Católica, a crescente desigualdade é alarmante e pede um comprometimento com os marginalizados.
A crítica à desigualdade e ao sistema econômico
Em seu documento, Leão XIV pediu uma mudança de mentalidade em relação aos pobres e criticou a “ditadura de uma economia que mata”. Ele mencionou dados do Banco Mundial, que indicam que cerca de 8,5% da população mundial vive com menos de US$ 2,15 por dia, o que representa a pobreza extrema. O papa também fez um apelo para que a Igreja se coloque ao lado dos necessitados para cumprir sua vocação mais profunda.
O legado de Francisco e a continuidade da mensagem
Assinado em 4 de outubro, o documento homenageia o dia de São Francisco de Assis e retoma temas abordados por seu antecessor, o papa Francisco, que faleceu em abril. A exortação é um chamado à ação, destacando a importância da caridade e do acolhimento, especialmente em relação aos imigrantes. Leão XIV lamentou que tragédias, como o naufrágio de embarcações com imigrantes, sejam tratadas como notícias marginais.
Reflexões sobre a hipocrisia e a caridade
O papa enfatizou a necessidade de os cristãos se afastarem de “ideologias mundanas” que contaminam a fé. Ele instou os fiéis a se comprometerem com o amor e a caridade, lembrando que o verdadeiro amor a Deus se manifesta através do acolhimento aos mais necessitados. O documento de 49 páginas divide-se em 121 pontos, abordando uma variedade de questões sociais e morais que desafiam a Igreja contemporânea.