Leilão do Tecon 10 em Santos: TCU bloqueia atuais operadores

Porto de Santos

Tribunal de Contas da União recomenda restrições que podem ampliar concorrência no setor portuário

TCU recomenda que leilão do Tecon 10 impeça operadores atuais de participar da primeira fase.

O leilão do Tecon 10, localizado em Santos, SP, recebeu uma recomendação crucial do Tribunal de Contas da União (TCU) nesta segunda-feira (8). A decisão, que foi aprovada por seis votos a três, sugere que os operadores atuais do porto sejam impedidos de participar da primeira fase do leilão. Essa medida visa evitar a concentração de mercado, um ponto que os ministros do TCU consideraram de extrema importância em suas deliberações.

Impactos da Decisão do TCU sobre o Leilão

As empresas que já operam terminais de contêineres em Santos, como Maersk e MSC, estão entre as afetadas por essa decisão. Elas poderão participar de uma segunda fase do leilão apenas se a primeira não receber propostas válidas. A proposta do modelo bifásico apresentada pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) pode abrir espaço para a entrada de novos operadores, especialmente grupos internacionais.

Além disso, a construção do Tecon 10 tem o potencial de aumentar em 50% a capacidade de movimentação de contêineres no porto, ajudando a mitigar os gargalos logísticos que frequentemente elevam os custos de operação. O investimento esperado para a construção do terminal é de mais de R$6 bilhões, tornando esse um dos leilões mais impactantes da história do setor portuário no Brasil.

Reações e Expectativas do Mercado

O ministro Bruno Dantas, responsável pelo revisor do processo, argumentou que a divisão do leilão em duas fases aumenta as chances de atrair um operador independente. Essa abordagem visa diminuir os riscos associados ao controle de um único operador sobre o terminal.

Em reação, a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) expressou apoio à decisão do TCU, ressaltando que a validação do modelo bifásico representa um avanço na política regulatória do setor, promovendo concorrência e eficiência no comércio exterior brasileiro.

Por outro lado, a International Container Terminal Services (ICTSI), operadora independente com presença em 33 países, elogiou a decisão do TCU como uma que atende ao interesse público, sinalizando a possibilidade de novos players no mercado.

Próximos Passos: Quando Será o Leilão?

Com a decisão do TCU, o Ministério de Portos e Aeroportos deverá definir a nova data para o leilão, que estava inicialmente agendado para 2025. A Antaq afirmou que a decisão do Tribunal reforça seu entendimento técnico sobre a regulação do setor, sublinhando a importância de manter a concorrência e a qualidade dos serviços prestados no processo do Tecon 10.

Enquanto isso, a Maersk se posicionou a favor de regras claras no edital do leilão, enfatizando a necessidade de garantir a livre concorrência e a importância da participação de empresas com experiência no setor. A procuradora do Ministério Público junto ao TCU, Cristina Machado, expressou preocupações quanto à eficácia da exclusão dos operadores atuais, destacando a necessidade de um debate aprofundado sobre a competitividade do certame.

O que vem pela frente

A discussão sobre a regulamentação do leilão do Tecon 10 se intensificará nos próximos meses, especialmente com a expectativa de que a nova estrutura proposta pela Antaq leve à inclusão de novos operadores no mercado. Haverá um foco contínuo nas consequências de restrições e na evolução do processo concorrencial no setor portuário brasileiro, que é fundamental para o desenvolvimento econômico do país.

Fonte: www.moneytimes.com.br

Fonte: Porto de Santos

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