Nutricionistas explicam os benefícios e limitações do consumo de leite para os ossos

Beber leite é relacionado a ossos fortes, mas especialistas alertam que não é a única solução para a saúde óssea. Outros fatores são essenciais.
18/09/2025 02:00, atualizado 18/09/2025 02:00. Beber leite ainda é sinônimo de ossos fortes para muitas pessoas, mas a associação precisa ser avaliada com cuidado. Entre mitos e evidências científicas, especialistas alertam que o consumo de leite não garante sozinho a saúde óssea e que outros fatores têm papel fundamental.
Nutrientes essenciais para os ossos
Além do cálcio, outros nutrientes são essenciais para que o organismo consiga absorver e fixar o mineral nos ossos. A atividade física e a exposição ao sol também exercem papel fundamental, o que torna o leite parte de uma estratégia mais ampla para manter a densidade óssea. O cálcio é um mineral essencial para a formação e manutenção dos ossos, conferindo rigidez e resistência à estrutura esquelética. Ele também participa de funções vitais, como a contração muscular, a coagulação sanguínea e a transmissão de impulsos nervosos.
O papel do leite na dieta
O leite é uma das fontes mais acessíveis e biodisponíveis de cálcio, o que explica por que é tradicionalmente associado à saúde óssea. No entanto, apesar da bebida realmente contribuir para o aporte de cálcio, o consumo não significa o fortalecimento dos ossos. A vitamina D, obtida principalmente pela exposição ao sol, é fundamental para a absorção e fixação do cálcio. Sem níveis adequados da vitamina, o cálcio consumido, mesmo em grandes quantidades, não consegue se depositar corretamente nos ossos. Outros minerais como magnésio e vitamina K2 também são necessários para que o cálcio seja incorporado de forma eficiente.
Alternativas ao leite
Embora o leite seja uma fonte prática de cálcio, ele não é insubstituível. Outros alimentos também fornecem o mineral e podem ser combinados para atender às necessidades diárias. Vegetais verdes-escuros, como couve e brócolis; leguminosas; sementes de gergelim, chia e linhaça; oleaginosas; tofu e peixes com ossos moles, como sardinha, são exemplos de fontes alternativas de cálcio. Para manter os ossos saudáveis sem laticínios, é essencial assegurar a ingestão adequada de vitamina D, K2 e magnésio, além de realizar exercícios de força que estimulam a densidade óssea.
Considerações finais sobre o consumo de leite
O leite de vaca tradicional e o sem lactose oferecem cálcio com alta biodisponibilidade, ou seja, é facilmente absorvível pelo organismo. Já os leites vegetais contêm naturalmente quantidades menores do mineral e só se tornam equivalentes aos laticínios quando são fortificados com cálcio e vitamina D. A escolha do tipo de leite deve considerar não apenas a quantidade de cálcio, mas também a tolerância individual e a presença de outros nutrientes essenciais na alimentação. O consumo excessivo de leite pode gerar efeitos negativos, como interferência na absorção de ferro e problemas gastrointestinais em pessoas com predisposição a alergias ou intolerâncias.