Líderes asiáticos recorrem à bajulação para conquistar Trump

Evelyn Hockstein

Flatteria como estratégia diplomática em encontro com o presidente dos EUA

Líderes da Ásia utilizam a bajulação como estratégia para firmar acordos com Trump durante visita à região.

Na sua visita à Ásia, realizada em 30 de outubro de 2023, Donald Trump encontrou líderes de diversos países que utilizaram a bajulação como estratégia para firmar acordos comerciais. Essa abordagem se destacou especialmente nas interações com os primeiros-ministros da Malásia e Japão, além do presidente da Coreia do Sul.

A dinâmica da bajulação

Durante sua estadia, o primeiro-ministro da Malásia, Anwar Ibrahim, elogiou a “tenacidade” e a “coragem” de Trump, assim como a primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, que o recomendou para o Prêmio Nobel da Paz. O presidente sul-coreano, Lee Jae Myung, presenteou Trump com uma coroa dourada e a mais alta condecoração do país. Essa série de elogios coincide com a finalização de acordos comerciais entre os países e os EUA.

Influência cultural na diplomacia

Henry Gao, professor de direito, destacou que a tradição de demonstrar respeito e admiração está profundamente enraizada na cultura asiática, o que motiva tais estratégias em negociações. Além disso, a China também se juntou ao coro de elogios, com seu ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, chamando Trump e Xi de “líderes de classe mundial”.

A percepção de Trump

A abordagem dos líderes asiáticos reflete uma compreensão de que a satisfação do ego de Trump é uma prioridade em suas interações. Críticos do ex-presidente, como Bill Barr, observam que seus interesses pessoais muitas vezes se sobrepõem ao interesse nacional. Essa dinâmica continua a moldar as relações diplomáticas dos EUA com os países asiáticos, que buscam maximizar benefícios em um cenário global complexo.

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