Ligações entre testes nucleares e luzes misteriosas no céu

Alones/Shutterstock

Estudo revela correlações intrigantes entre explosões atômicas e fenômenos luminosos

Estudo sugere que luzes misteriosas no céu estão ligadas a explosões nucleares entre 1940 e 1950, revelando padrões intrigantes.

Estudos recentes sugerem que luzes misteriosas registradas no céu durante as décadas de 1940 e 1950 podem ter ligação direta com as primeiras explosões nucleares. Pesquisadores revisitaram arquivos astronômicos e encontraram coincidências entre os testes atômicos e fenômenos luminosos detectados em fotografias antigas.

A descoberta intrigante

Os pesquisadores identificaram que esses pontos de luz, conhecidos como transientes, apareciam com mais frequência em dias próximos às detonações realizadas por potências nucleares. O estudo foi conduzido por Stephen Bruehl e Beatriz Villarroel, publicado na revista Scientific Reports. Eles analisaram dados de observações astronômicas e relatos de UAPs (fenômenos aéreos não identificados), sugerindo que a era nuclear deixou marcas visíveis no registro astronômico.

Metodologia e resultados

Entre 1949 e 1958, o Observatório Palomar, na Califórnia, realizou o Palomar Observatory Sky Survey (POSS-I), registrando milhares de imagens do céu. A dupla montou um banco de dados com 2.718 dias de observações e cruzou essas informações com datas de testes nucleares, revelando que as luzes transitórias apareciam 45% mais vezes em janelas de testes nucleares. O dia seguinte aos testes apresentou o pico mais forte, com 68% de probabilidade de um transiente surgir nas placas astronômicas.

Relação com relatos de UAPs

Os cientistas também notaram que quanto mais relatos de luzes estranhas eram feitos, maior era a chance de um transiente ser captado. Em média, cada novo relato aumentava em 8,5% a probabilidade do fenômeno ser registrado. O estudo também identificou um aumento nos relatos de UAPs durante os períodos de testes nucleares, uma correlação nunca demonstrada antes.

Implicações e considerações finais

Os resultados indicam que os testes nucleares podem ter causado efeitos ópticos mensuráveis. Embora os pesquisadores evitem afirmar causalidade, as correlações mostram que o padrão é real e não pode ser simplesmente atribuído a falhas de registro. O trabalho abre novas pesquisas sobre o impacto das atividades humanas na astronomia histórica, reforçando a ideia de que a era atômica deixou vestígios visíveis no céu antes da corrida espacial.

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