Ministro do STF responde a críticas em sessão sobre trama golpista
Ministro Luiz Fux critica quem desaprovou seu voto pela absolvição de Bolsonaro em julgamento.
Em 21 de outubro de 2025, o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), se posicionou criticamente contra aqueles que desaprovaram seu voto pela absolvição de Jair Bolsonaro em uma ação relacionada a uma suposta trama golpista. Na sessão, Fux reafirmou que a decisão foi influenciada por “brumas da paixão” que com o tempo se dissiparão.
Críticas a teóricos do direito
Fux, sem mencionar nomes, leu trechos de uma entrevista do jurista italiano Luigi Ferrajoli, reconhecido como um dos principais teóricos do garantismo penal. O ministro destacou que Ferrajoli, embora tenha sido citado em seu voto, não compreendeu a realidade do Brasil ao criticar a absolvição de Bolsonaro. Fux ressaltou que professores e teóricos que não conhecem a realidade brasileira devem ter cuidado ao emitir opiniões sobre decisões judiciais.
A defesa da seriedade acadêmica
Fux também lamentou a falta de seriedade acadêmica em meio a um clima de militância política. Ele defendeu a integridade de suas ideias e seu impacto nas decisões judiciais, afirmando que suas argumentações permanecem válidas e aplicáveis aos casos em questão. Ao iniciar seu voto sobre outros réus envolvidos em desinformação, Fux anunciou que divergiría de colegas que votaram pela condenação.
Implicações do julgamento
A decisão de Fux e suas declarações podem ter repercussões significativas no cenário político e jurídico brasileiro, especialmente em um momento em que a polarização se intensifica. A postura do ministro pode influenciar futuras discussões sobre garantias e direitos no contexto das ações judiciais envolvendo figuras proeminentes da política nacional.