COP30: desafios na captação de recursos climáticos
O presidente Lula tenta fechar acordo Mercosul-UE enquanto a COP30 debate captação de recursos para o TFFF.
Em Belém, no dia 6 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve mais de 70 reuniões bilaterais antes da abertura da Cúpula do Clima. Diante da incerteza sobre aportes ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), Lula aproveita para discutir pautas paralelas, como o acordo entre Mercosul e União Europeia.
Desafios na captação de recursos
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, comentou sobre as reuniões e a possibilidade de acordos, mas não confirmou aportes ao TFFF, afirmando que novas reuniões estão previstas. A Cúpula dos Líderes, que antecede a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP), reúne líderes globais para discutir ações climáticas.
Uma das reuniões importantes foi com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia. Vieira destacou que a conversa foi produtiva e abordou questões climáticas e o acordo Mercosul-UE, com expectativa de assinatura em 20 de dezembro no Rio de Janeiro.
O papel da França e a pressão pelo acordo
Lula deve continuar as negociações, incluindo um encontro com o presidente francês Emmanuel Macron, que tem sido um obstáculo devido a preocupações com o agronegócio. O ministro francês para Assuntos Europeus, Benjamin Haddad, já havia declarado que não assinaria o acordo sem garantias para o setor agrícola.
Financiamento climático e metas do TFFF
As diretrizes da COP30 incluem propostas para taxar super-ricos e setores de luxo, visando arrecadar US$ 1,3 trilhão até 2035. O Brasil tem como meta captar US$ 10 bilhões até o final do próximo ano para o TFFF, mas até agora foram arrecadados apenas US$ 2 bilhões. O objetivo é alcançar US$ 25 bilhões através de governos e US$ 75 bilhões com o setor privado, aumentando a pressão sobre as empresas para se envolverem no financiamento climático.
Lula e sua administração seguem em busca de soluções e acordos que fortaleçam a agenda climática do Brasil enquanto lidam com as complexidades das negociações internacionais.
