Presidente brasileiro reforça importância do evento na Amazônia
Lula destacou que a escolha de Belém para a COP30 visa enfrentar desafios e não buscar comodidade, prometendo a melhor conferência já realizada.
Nesta terça-feira (4), em entrevista à imprensa internacional, o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), explicou sobre a escolha a cidade para realização de um evento como esse. “Quando nós decidimos fazer a COP aqui no estado do Pará, a gente já sabia das condições do estado, já sabia das condições da cidade (…) E a gente decidiu fazer aqui porque a gente não queria comodidades, nós queríamos desafios. E nós queríamos que o mundo viesse conhecer a Amazônia”, explicou, garantindo que essa será a melhor COP de todas. “Tenho certeza que nós vamos fazer a melhor COP de todas as COPs já realizadas até hoje. Nós queremos ver se é possível inaugurar uma nova fase da COP, porque é o seguinte: chega de discussão, agora tem que implementar o que nós adjetivamos”, disse.
Desafios logísticos para a COP30
Desde o anúncio de Belém, no Pará, para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, muito se fala sobre a falta de estrutura do local para comportar um evento deste porte. As hospedagens têm sido um problema entre as delegações que vêm ao Brasil, com preços exorbitantes e falta de espaço. A chegada de cerca de 50 mil visitantes causou caos na hospedagem em Belém, levando o governo federal a dobrar o número de opções disponíveis, incluindo a contratação de navios de cruzeiro para acomodar todos os participantes.
Iniciativas do governo brasileiro
A COP30 será realizada entre 10 e 21 de novembro, na maior floresta tropical do planeta, e contará com uma cúpula de chefes de Estado e de governo nos dias 6 e 7. Dentre as prioridades, Lula destacou o programa TFFF (Florestas Tropicais para Sempre), um fundo de investimento que já recebeu 1 bilhão de dólares (R$ 5,35 bilhões) do Brasil. “É um fundo que vai trazer rentabilidade para o investidor, e uma parte dessa rentabilidade vai financiar os países que mantêm sua floresta em pé”, afirmou. Além disso, ele propôs a criação de um Conselho do Meio Ambiente ligado à ONU, com maior poder para acompanhar as decisões e resultados globais relacionados ao meio ambiente.