Presidente aponta dependência digital e falta de conteúdo nas interações
Lula critica o excesso de mensagens em grupos familiares no WhatsApp durante discurso.
Durante um discurso no Congresso do PCdoB, realizado nesta quinta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) abordou o que considera um exagero na interação digital, especialmente em grupos de WhatsApp. Lula criticou o hábito de enviar mensagens triviais, como ‘bom dia’ e ‘boa noite’, afirmando que essa prática está se tornando excessiva. “Grupo de zap, todo mundo tem. Eu sempre achei que parente bom era aquele que a gente via uma vez por mês. Agora é todo dia uma mensagem. Boa noite, querido. Bom dia, querida. O que você almoçou? O que você jantou? Não sei pra que tanta conversa”, questionou.
A dependência dos celulares
O presidente também fez uma análise sobre a dependência dos celulares durante encontros presenciais, observando que, em uma mesa com quatro pessoas, três estão geralmente no celular. “Aqui, é todo mundo com celular na mesa. Estão esperando telefonema do Xi Jinping? Do Putin? De quem? Algum namorado, namorada? Não. Isso é uma doença. Chama-se dependência digital”, afirmou Lula. Essa crítica se estende ao hábito de checar notícias durante a madrugada e nas primeiras horas do dia, o que, segundo ele, reflete uma inquietação gerada pela tecnologia.
Impacto da tecnologia nas relações sociais
Lula finalizou sua fala enfatizando que o comportamento da população é resultado da falta de controle no uso da tecnologia. “Não tem o que falar toda hora, gente”, concluiu, sinalizando uma preocupação com a qualidade das interações humanas na era digital. A declaração do presidente ressoa com o crescente debate sobre a saúde mental e as relações sociais na era da comunicação instantânea.