Lula critica notícias sobre déficit fiscal e apresenta novo modelo de crédito imobiliário

Presidente destaca desconfiança gerada pela imprensa em relação à política fiscal

Lula criticou a imprensa por gerar desconfiança sobre a política fiscal e lançou novo modelo de crédito imobiliário em São Paulo.

Nesta sexta-feira (10), em São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a “indústria de criar desconfiança no povo” em relação à política fiscal do governo, durante o lançamento de um novo modelo de crédito imobiliário. Lula declarou que as notícias sobre déficit fiscal são veiculadas quase diariamente, enquanto as informações sobre o desenvolvimento econômico são escassas, ressaltando que isso gera um clima de desconfiança na sociedade brasileira.

Críticas à imprensa e aos governos anteriores

Durante o evento no Centro de Convenções Rebouças, Lula também rechaçou críticas às políticas fiscais do governo, afirmando que não existe mágica na economia e que os gestores públicos devem ter austeridade para evitar problemas futuros. Ele mencionou a sanha de destruição que o país sofreu nos últimos seis anos, enfatizando que muitas vezes os avanços econômicos são seguidos por retrocessos inesperados.

Novo modelo de crédito imobiliário

O novo modelo de crédito imobiliário visa corrigir o esgotamento da poupança como fonte de financiamento, permitindo que os bancos utilizem os recursos de forma mais flexível. A cada real emprestado, os bancos poderão usar o mesmo valor em recursos da poupança por até cinco anos, com um impacto financeiro estimado entre R$ 20 bilhões e R$ 25 bilhões. Essa mudança permitirá que 80% dos recursos sejam aplicados no Sistema de Financiamento Habitacional (SFH), enquanto 20% ficarão disponíveis para o Sistema Financeiro Imobiliário (SFI).

Implementação gradual até 2026

O novo modelo será implementado gradualmente até o fim de 2026, em fase de testes, com pleno funcionamento previsto para 2027. Esse período de transição foi solicitado pelo setor da construção civil, que apontou o risco de rupturas bruscas no sistema de crédito. A proposta busca não apenas ampliar o financiamento da classe média, mas também garantir a estabilidade do sistema financeiro brasileiro.

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