Presidente pede investigação independente sobre a ação policial
O presidente Lula classificou a Operação Contenção, realizada no Rio de Janeiro, como desastrosa, pedindo uma investigação independente sobre as mortes.
Em Belém, 4 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou sua insatisfação sobre a Operação Contenção, realizada no dia 28 de outubro no Rio de Janeiro, classificando-a como desastrosa. Lula enfatizou que, apesar de alguns considerarem a operação um sucesso devido ao número de mortes, a ação do Estado foi inadequada. Ele defendeu a necessidade de uma investigação independente sobre o ocorrido, afirmando que ‘a ordem do juiz era uma ordem de prisão, não uma ordem de matança’.
Detalhes da Operação Contenção
A operação mobilizou 2.500 policiais de diversas unidades para atacar o Comando Vermelho em áreas como os complexos do Alemão e da Penha. A ação resultou em 121 mortes, incluindo quatro policiais, e foi marcada por intensos tiroteios. Moradores relataram que muitos corpos foram encontrados em áreas de mata, com sinais de execução e tortura. Em contrapartida, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, defendeu a operação como um sucesso, alegando que todos os homens que se renderam foram detidos.
Reação de autoridades internacionais
A Organização das Nações Unidas (ONU) já havia manifestado apoio à investigação independente, visando garantir a responsabilização e a proteção de testemunhas e defensores de direitos humanos. Lula, que se prepara para participar da Cúpula do Clima nos dias 6 e 7 de novembro, destacou a importância de esclarecer as circunstâncias da operação, que se tornou a mais letal na história do estado.
A situação gerou um intenso debate sobre a abordagem das operações policiais no Brasil e a necessidade de proteger os direitos humanos durante ações de segurança pública.