Presidente destaca riscos de intervenção armada em discurso no Mercosul.
Lula critica a presença militar dos EUA e alerta sobre as consequências de uma intervenção na Venezuela.
Na 67ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, realizada em Foz do Iguaçu, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou a inquietante presença militar dos Estados Unidos nas proximidades da Venezuela. Ele descreveu essa movimentação como algo que “assombra” a América do Sul e alertou para os riscos de uma potencial intervenção armada no país vizinho, que ele considera uma “catástrofe humanitária”.
O contexto da presença militar dos EUA
Lula iniciou seu discurso ressaltando que, após mais de quarenta anos da Guerra das Malvinas, a América do Sul está novamente enfrentando o espectro da intervenção militar de uma potência extrarregional. Ele afirmou que os limites do direito internacional estão sendo colocados à prova, referindo-se ao aumento da presença militar dos EUA na região, que ocorre sob a justificativa de combater o tráfico de drogas.
O apelo ao diálogo
O presidente brasileiro tem defendido uma abordagem pacífica para resolver a crise venezuelana. Recentemente, Lula conversou com o ex-presidente Donald Trump, oferecendo o Brasil como um intermediário para facilitar um diálogo entre os EUA e a Venezuela. Segundo ele, “é preciso ter vontade de conversar, ter paciência” para que soluções duradouras possam ser encontradas.
Repercussões e a resposta da Venezuela
A fala de Lula ocorre em um contexto de tensões crescentes, com referências diretas às ameaças do governo Trump ao regime de Nicolás Maduro. A resposta da Venezuela também foi notável, com o governo de Maduro se posicionando contra as ameaças externas e reafirmando sua disposição para se defender. Lula, ao enfatizar a importância do diálogo, busca não apenas evitar uma possível escalada de conflitos, mas também reafirmar o papel do Brasil como um ator diplomático na região.
Fonte: www.metropoles.com
