Lula intensifica críticas ao mercado financeiro com foco na nova faixa de isenção do IR

Presidente destaca enfrentamento aos privilégios fiscais da elite financeira em discurso contundente

Lula defende nova faixa de isenção do IR como vitória contra privilégios da elite financeira, destacando taxação dos super-ricos.

Lula destaca nova faixa de isenção do Imposto de Renda como mudança contra privilégios no mercado financeiro

Neste domingo, 30, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento em cadeia nacional de rádio e TV para celebrar a sanção da nova faixa de isenção do Imposto de Renda, que passa a beneficiar pessoas com renda mensal de até R$ 5.000. Na fala, Lula enfatizou a nova faixa de isenção do Imposto de Renda como um avanço para corrigir desigualdades históricas no sistema tributário, mirando especialmente o mercado financeiro e os privilégios de uma pequena elite. O presidente destacou que a medida representa um enfrentamento direto contra injustiças fiscais que beneficiam os mais ricos em detrimento da classe trabalhadora.

Disparidades fiscais entre trabalhadores e elite financeira na visão de Lula

O presidente argumentou que a atual estrutura fiscal apresenta uma grave distorção onde os que vivem do trabalho pagam uma alíquota de até 27,5% de Imposto de Renda, enquanto indivíduos que recebem renda de capital, especialmente da elite financeira, pagam uma média de apenas 2,5%. Lula disse: “Quem mora em mansão, tem dinheiro no exterior, coleciona carros importados, jatinhos e iates, paga 10 vezes menos do que uma professora, um policial ou uma enfermeira. Isso é inaceitável.” Com isso, ele reforçou a necessidade de mudanças estruturais para promover justiça fiscal e social.

Compensação fiscal por meio da taxação dos super-ricos

Durante a transmissão, Lula explicou que a compensação financeira para garantir a isenção aos que recebem até R$ 5.000 mensais virá da tributação dos chamados super-ricos, definidos como pessoas com renda superior a R$ 1 milhão por ano, aproximadamente R$ 83 mil por mês. Segundo ele, essa parcela da população atualmente não contribui adequadamente, pagando pouco ou nenhum imposto, o que justifica a adoção de políticas mais rigorosas para ampliar o financiamento público sem prejudicar áreas essenciais como educação e saúde.

Medida como ativo eleitoral para as eleições de 2026

A nova política fiscal sancionada em 26 de novembro, após aprovação unânime na Câmara e no Senado, também tem um claro viés político-eleitoral. O governo pretende capitalizar politicamente essa mudança com campanhas de comunicação orientadas à narrativa “pobres versus ricos”, buscando fortalecer o apoio entre eleitores que votaram em 2022 contra Jair Bolsonaro. Lula já indicou que pretende utilizar essa questão como um dos pilares da disputa eleitoral de 2026, reiterando seu compromisso com as transformações socioeconômicas.

Contexto da aprovação e repercussão no cenário político

A aprovação da faixa de isenção do Imposto de Renda foi vista como uma vitória significativa para o governo, construída através de consenso no Congresso entre 1º de outubro e 5 de novembro. A sanção presidencial consolida este avanço legal, que promete impactar diretamente a carga tributária dos trabalhadores e dos mais ricos, reforçando o discurso de que o sistema atual favorece excessivamente uma pequena elite financeira. Especialistas políticos avaliam que o discurso de Lula acirra o debate entre diferentes segmentos da sociedade, intensificando a polarização em torno das políticas econômicas adotadas.

Fonte: www.conexaopolitica.com.br

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