Lula pede apoio de Trump para prender devedor do Brasil

Foto: Evaristo Sá/AFP

Presidente brasileiro solicita auxílio para capturar empresário acusado de sonegação

Lula busca ajuda de Trump para prender empresário acusado de sonegação no Brasil.

Lula pede ajuda a Trump para prender devedor do Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em evento realizado em 9 de dezembro de 2025, que solicitou apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para capturar Ricardo Magro, descrito como “um dos grandes chefes do crime organizado brasileiro” e “maior devedor do país”. A menção de Lula ao empresário refere-se a uma série de investigações sobre sonegação no setor de combustíveis.

Segundo Lula, a ligação com Trump ocorreu no dia 2 de dezembro. “Eu liguei para o presidente Trump dizendo que, se quiser enfrentar o crime organizado, nós estamos à disposição. Mandei no mesmo dia a proposta do que queremos fazer”, declarou. No telefonema, o presidente brasileiro destacou que um empresário suspeito de operações fraudulentas reside em Miami, oferecendo uma oportunidade para os Estados Unidos colaborarem nas ações contra o crime.

Durante a formalização das novas diretrizes para a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Lula sublinhou que a cooperação internacional é vital na luta contra o crime financeiro. Ele já havia aludido a Magro em ocasiões anteriores, referindo-se ao empresário como o “maior traficante de combustível do Brasil”.

Foco na sonegação e no crime organizado

A atuação contra Ricardo Magro faz parte do contexto mais amplo das medidas de combate à sonegação fiscal, especificamente no setor de combustíveis. Em agosto de 2025, a Operação Carbono Oculto, que envolveu 1.400 agentes, foi deflagrada e revelou indícios de sonegação que superam bilhões de reais, além de ligações com facções criminosas.

Lula também enfatizou a necessidade da aprovação da PEC da Segurança Pública, projetando que essa proposta é crucial para enfrentar o que considera “o problema mais grave do Brasil hoje”. A administração está atenta às ações do governo anterior e busca por acordos com o governo norte-americano para ações sistemáticas.

Reação de Ricardo Magro

Ricardo Magro tem negado as irregularidades e garantido que as divergências tributárias relativas à sua empresa, o Grupo Refit, estão sendo discutidas com a Receita Federal. Ele se posiciona como alvo de perseguições e afirma que as acusações não têm fundamento.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou que setores como combustíveis, fumo e bebidas abrigam empresas que frequentemente burlam as obrigações tributárias. O governo atual se empenha em articular no Congresso um projeto que busca endurecer as punições para os devedores contumazes, e a situação de Magro se tornou um exemplo emblemático nesse contexto.

Cooperação internacional e combate ao crime financeiro

Além das articulações políticas internas, a administração Lula busca formas de ampliar a colaboração com os Estados Unidos no combate ao crime financeiro e à lavagem de dinheiro, um dos focos da discussão entre os dois líderes. A reunião entre Lula e Trump foi considerada produtiva, com ambos reconhecendo a possibilidade de estabelecer “bons acordos” no futuro.

O governo brasileiro está se preparando para intensificar ações contra a lavagem de dinheiro, especialmente através de estruturas como o estado de Delaware, que tem sido utilizado como um canal para movimentar recursos ilícitos, especialmente no setor de combustíveis. A busca por uma abordagem mais eficaz contra esses crimes é uma prioridade explícita para a administração Lula.

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