Lula pode participar de cúpula na Colômbia antes da COP30

Andrew Harnik/Getty Images

Presidente brasileiro sinaliza possível viagem para evento em Santa Marta

Lula sinalizou que pode ir à Colômbia para a cúpula da Celac, que ocorre dias antes da COP30. A viagem ainda não está confirmada.

Em 4 de novembro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sinalizou a possibilidade de viajar à Colômbia para a 4ª Cúpula Celac-União Europeia, marcada para os dias 9 e 10 de novembro na cidade de Santa Marta. A agenda coincide com a abertura da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá na mesma data. Essa situação gera incertezas na programação do presidente, embora ele tenha afirmado que a cúpula deve discutir a mobilização militar dos Estados Unidos na Venezuela.

Expectativas para a cúpula

Lula ressaltou que teve a oportunidade de expressar ao ex-presidente Donald Trump, durante uma reunião em Kuala Lumpur em 26 de outubro, que a América Latina deve ser uma “zona de paz”. Ele criticou a presença das forças armadas dos EUA na região, sugerindo que a atuação deveria focar no combate ao narcotráfico sem hostilidades.

Reações e apoio

Apesar da incerteza sobre sua presença, o presidente colombiano Gustavo Petro agradeceu a Lula por considerar a participação na cúpula em um momento crítico para a América Latina e o Caribe. Petro enfatizou a importância de se encontrar com a Europa para discutir uma economia que evite o colapso climático.

Desistências de líderes

Inicialmente, a cúpula esperava a presença de líderes dos 27 Estados-membros da União Europeia e dos 33 países da Celac, mas a lista de participantes pode ser reduzida devido a desistências, incluindo figuras proeminentes como Ursula von der Leyen e Emmanuel Macron. Essa situação reflete preocupações internacionais sobre as recentes ações do governo Trump, que intensificaram as tensões na região, especialmente em relação à Colômbia e à Venezuela.

Conflitos geopolíticos

Desde agosto, os EUA têm realizado operações navais e aéreas na região do Caribe, com justificativas de combate ao narcotráfico, resultando em um número elevado de fatalidades. A escalada de tensões inclui o envio de forças militares para a costa venezuelana, e autoridades venezuelanas acusam os EUA de orquestrar uma “guerra multifacetada” contra o país. As ações e a resposta do governo Maduro marcam um contexto complexo para as relações na América Latina.

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