Iniciativas para financiamento climático e proteção ambiental em destaque

Em carta, Lula defende troca de dívidas e ações contra protecionismo comercial, pedindo mais financiamento climático.

Na noite da última sexta-feira (7), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou uma proposta para a criação de um mecanismo de troca de dívidas, conhecido como “debt swaps”, com o objetivo de aumentar o financiamento para ações climáticas nos países em desenvolvimento. Em uma carta de “chamado à ação”, Lula criticou as “medidas unilaterais de comércio” justificadas por questões ambientais, um tema sensível especialmente à União Europeia, que frequentemente utiliza alegações de infrações ambientais dos países em desenvolvimento como justificativa para ações protecionistas.

Financiamento climático e compromissos

Lula voltou a defender que ações concretas sejam implementadas para aumentar o financiamento climático por parte dos países desenvolvidos. Ele sugeriu que os países adotem o Roteiro Baku-Belém, elaborado pelos presidentes da COP 30 e COP29, com o intuito de alcançar a meta de US$ 1,3 trilhão. O presidente também solicitou que os desembolsos de fundos como o de Adaptação e de Países de Menor Desenvolvimento Relativo sejam triplicados até 2030, argumentando que sem o devido apoio financeiro e tecnológico, os países em desenvolvimento não conseguirão implementar efetivamente as metas climáticas.

Fundo Florestas Tropicais para Sempre

Em sua comunicação, Lula destacou a importância do Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), sugerindo uma ampliação do financiamento para florestas. O TFFF, que remunera a preservação de florestas a uma taxa de US$ 4 por hectare, já arrecadou US$ 5,5 bilhões em investimentos internacionais durante a Cúpula de Líderes.

Combustíveis fósseis e COP-28

Além disso, o presidente reiterou a necessidade de implementar os acordos firmados durante a COP-28, realizada em Dubai, que visam promover o afastamento gradual dos combustíveis fósseis, embora sem um cronograma definido. Ele destacou a importância de criar mapas do caminho para reverter o desmatamento e superar a dependência de combustíveis fósseis, mobilizando os recursos necessários para esses objetivos. Com a conclusão do encontro de chefes de Estado no dia 7, os países se preparam para iniciar as negociações da COP-30 a partir de segunda-feira (10), com expectativas positivas sobre o clima das discussões.

Fonte: www.infomoney.com.br

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