Presidente brasileiro comenta sobre a cooperação no combate ao crime durante evento no Palácio do Planalto.
Lula afirma que pediu a Trump a prisão de empresário brasileiro suspeito de crime organizado.
Lula solicita prisão de empresário brasileiro a Trump
Nesta terça-feira, 2 de outubro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que discutiu com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a possibilidade de prender um empresário que mora em Miami. Lula classificou esse indivíduo como o maior devedor do Brasil e um dos principais chefes do crime organizado no país. O pedido foi feito no contexto de uma oferta de colaboração do Brasil no combate ao crime organizado.
Em um discurso durante um evento no Palácio do Planalto, Lula deixou claro que se colocou à disposição para trabalhar junto aos americanos na luta contra o crime. “Liguei para o presidente Trump e disse a ele que, se ele quiser enfrentar o crime organizado, estamos aqui para ajudar. Mandei a ele uma proposta do que queremos fazer”, revelou o presidente.
O empresário em questão, embora não mencionado nominalmente, foi descrito por Lula como um importador de combustível. O presidente enfatizou que sua prisão poderia ser um passo significativo na luta conjunta contra o crime, caso os Estados Unidos estivessem dispostos a agir.
Contexto do pedido de Lula
O tema do combate ao crime organizado emergiu em decorrência de um telefonema recente entre Lula e Trump, que ocorreu no contexto de uma operação da Receita Federal brasileira contra a refinaria privada Refit. Esta operação, que levantou questões sobre atividades irregulares, destacou o uso de empresas registradas no estado de Delaware, nos EUA, que permitem a criação de entidades com anonimato e isenção fiscal, desde que não operem com renda no território americano.
Essas empresas muitas vezes estão ligadas a casos de lavagem de dinheiro e ocultação de bens. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, sugeriram que Lula buscasse a cooperação das autoridades americanas para enfrentar a lavagem de dinheiro, o que motivou a conversa com Trump.
Repercussão no Brasil e nas relações bilaterais
A declaração de Lula pode impactar as relações Brasil-EUA, especialmente considerando o histórico de colaboração em questões de segurança. O Brasil tem enfrentado desafios significativos relacionados ao crime organizado, e a cooperação internacional pode ser um caminho fundamental para melhorar a segurança interna.
Além disso, a menção a um empresário brasileiro no exterior levanta questões sobre a necessidade de uma abordagem mais rigorosa e transparente em relação a ativos e operações suspeitas que envolvem cidadãos brasileiros fora do país. Essa situação convida a uma reflexão sobre os mecanismos existentes para o combate ao crime transnacional e à cooperação entre as instituições de ambos os países.
O futuro da cooperação Brasil-EUA
A possibilidade de ações concretas, como a prisão do empresário mencionado, é um ponto crucial para a evolução das relações entre Brasil e Estados Unidos no âmbito da segurança. A disposição de Lula em trabalhar diretamente com a administração Trump reflete não apenas a urgência de uma resposta ao crime organizado, mas também a estratégia do governo de fortalecer laços internacionais como parte de sua política externa.
Com o movimento de Lula, os olhos estão voltados para como os Estados Unidos responderão a este pedido e quais serão os próximos passos nas investigações e ações conjuntas contra o crime organizado. O desejo de colaboração precisa ser traduzido em ações efetivas para que a luta contra o crime ganhe um novo impulso, refletindo a necessidade de um esforço conjunto mais robusto entre as nações.
Fonte: www.moneytimes.com.br


